- Atualizado há 4 meses
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos planeja propor que a Boeing se declare culpada de fraude em relação a dois acidentes aéreos mortais envolvendo seus jatos 737 Max, de acordo com duas pessoas que ouviram os promotores federais detalharem a oferta neste domingo, 30.
A Boeing terá até o final da próxima semana para aceitar ou rejeitar a oferta, que inclui a concordância da empresa aeroespacial com um monitor independente que supervisionaria sua conformidade com as leis antifraude, disseram eles. Procurada, a empresa não quiser comentar o caso.
O Departamento de Justiça informou aos familiares de algumas das 346 pessoas que morreram nos acidentes de 2018 e 2019 sobre a oferta de acordo durante uma reunião por vídeo, de acordo com Mark Lindquist, um dos advogados que representam as famílias que estão processando a Boeing, e outra pessoa que ouviu a ligação com os promotores.
Durante a reunião, os membros da família expressaram sua raiva pelo fato de os promotores quererem oferecer à Boeing a chance de se declarar culpada de uma acusação que completou três anos, em vez de buscar outras acusações e um julgamento. Um deles disse que os promotores estavam enganando as famílias; outro gritou com eles por vários minutos quando teve a chance de falar
“Estamos chateados. Eles deveriam simplesmente processar”, disse Nadia Milleron, moradora de Massachusetts, cuja filha de 24 anos, Samya Stumo, morreu no segundo de dois acidentes com o 737 Max. “Eles estão dizendo que podemos argumentar com o juiz.”
Os promotores disseram às famílias que, se a Boeing rejeitar a oferta de acordo, o Departamento de Justiça buscará um julgamento sobre o assunto, segundo eles.
A reunião ocorreu semanas depois que os promotores disseram a um juiz federal que a empresa violou um acordo de janeiro de 2021 que protegia a Boeing de processos criminais relacionados aos acidentes na Indonésia e na Etiópia.
Uma condenação poderia colocar em risco o status da Boeing como contratada pelo governo federal, de acordo com alguns juristas. A empresa tem grandes contratos com o Pentágono e a Nas