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“Eu sei viver na pobreza”, diz Freitas sobre ter medo de perder mandato após suspensão na Alep

Freitas tem se demonstrado contra o novo Código de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), alegando que será perseguido em uma tentativa de censura
Deputado Renato Freitas (PT) (Foto: Valdir Amaral/Alep)
Freitas tem se demonstrado contra o novo Código de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), alegando que será perseguido em uma tentativa de censura

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

02/07/25
às
6:15

- Atualizado há 14 segundos

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Ao ser questionado pelo Portal Nosso Dia, após ter as prerrogativas parlamentares suspensas por 30 dias pelo Conselho de Ética, o deputado estadual Renato Freitas (PT) afirmou, nesta terça-feira (1), que não vai mudar a postura como parlamentar, porque não tem medo de perder o mandato no futuro. Disse ainda que, caso isso aconteça, sabe viver na pobreza, lembrando das raízes humildes como empacotador de mercado.

“Eu sou só um empacotador de mercado, filho da imigrante paraibana sem pai e sem herança. Não tem problema voltar para o fundão, eu volto de cabeça erguida. Eu sei viver na pobreza, irmão. Sei fazer o corre da mistura para comprar um ovo, uma carne, uma bebida. Não dá nada! Mas volto de cabeça erguida. Não vou corromper o meu espírito, porque meu irmão morreu assaltado, porque tinha que se colocar naquele risco de trabalhador. Não vou trair minha memória e mudar minha forma de atuação nunca”, disse.

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Freitas tem se demonstrado contra o novo Código de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), alegando que será perseguido em uma tentativa de censura. “Quando eu entrei a partir da Câmara de Curitiba recebi no 1° trimestre dois pedidos de cassação, por ter chamado de charlatão pastores evangélicos por prescreverem ivermectina. E falaram que fui um vândalo pela pichação no caso da morte de João Alberto Silveira Freitas no Carreffour de Porto Alegre (morto por seguranças no estacionamento do estabelecimento)”, lembrou.

Para Freitas, essa punição do Conselho de Ética já seria uma tentativa de calar a sua voz. “Todo esse procedimento se trata disso. A deputada relatora (Márcia Huçulak) me disse nos corredores: ‘Agora vamos acalmar e fazer política de outra forma’. É uma tentativa de censura para que eu seja outra pessoa e se acomode ao privilégio. As votações que temos aqui não melhoram a condição de vida das pessoas comuns. Criando cargos para judiciário, defensoria, dando títulos de utilidade pública para depois conseguirem emendas parlamentares”, falou.

Ele ainda questionou os motivos que levaram a cassação. “Ela reconheceu que o inquérito policial foi concluído sem qualquer envolvimento da minha parte. A deputada usou a manifestação do Muffato, o fato de chamar Traiano de corrupto. É uma tentativa de censura e com acusações deselegantes, com calúnias, para extinguir minha figura política”, pontuou.

Por fim, o deputado explicou o motivo de ter agindo de forma a interromper o funcionamento dos caixas no Muffato, durante a manifestação pela morte do jovem Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, perseguido após um suposto furto no estabelecimento. “No Muffato, eu estava lutando e retirando o produto dos caixas para interditar os caixas. A única mensagem que o mercado ouve é quando afeta o lucro e era o lucro que a gente queria atingir. Novamente, era a luta pela vida. Enquanto tiver lutando pela vida, vou ter fôlego sempre”, concluiu.

Para saber mais sobre a decisão que levou a suspensão das prerrogativas de Freitas clique aqui.

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