Viralizou no aplicativo WhatsApp um áudio do pai do adolescente Lucas Viante Machado, de 14 anos, que morreu após pegar rabeira em um ônibus biarticulado no bairro Xaxim, em Curitiba, no último sábado (26). O homem desabafou e afirmou que disse ao filho que ele não voltaria para casa se continuasse a fazer a ação arriscada junto ao transporte coletivo.

“Hoje meu filho morreu pegando a rabeira. Quem sofre é o pai e a mãe. A gente só tinha ele de filho. Eu avisei ele que não iria voltar, mas ele não me escutou. Vocês não querem ver um filho no caixão, que sirva de exemplo, rebatam e falem que o negócio é sério. Não peguem rabeira. A dor é minha e da mãe dele”, disse o pai em áudio enviado a um grupo.

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Lucas estava com dois amigos quando o acidente aconteceu. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital do Trabalhador, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A  Escola Gente Alegre, que fica no bairro Mercês, e em que Lucas estudou, lamentou o falecimento:

“Neste momento de profunda dor, nos solidarizamos com seus pais e com todos os familiares e amigos que hoje choram essa perda irreparável. Lucas será sempre lembrado pelo seu brilho, sua alegria e a marca que deixou em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Em respeito à memória de Lucas e em solidariedade à sua família, decretamos luto oficial de três dias. Manifestamos nossos mais sinceros sentimentos e rogamos a Deus que conforte o coração de todos os familiares e amigos”, disse a escola em postagem.

A URBS, que gerencia o transporte coletivo de Curitiba, também lamentou o falecimento:

“A Urbs lamenta a morte do adolescente que estava ‘pegando rabeira’ em ônibus e informa que a circulação de pedestres e ciclistas é proibida nas canaletas, pois aumenta os riscos de acidentes envolvendo os veículos do transporte coletivo. Ações educativas estão sendo constantemente reforçadas buscando orientar e desestimular ciclistas a insistirem na prática. As ações também ocorrem com abordagem, com o apoio da Guarda Municipal e da Delegacia do Adolescente, a grupos de ciclistas, muitos deles organizados em eventos de “rabeira” nos ônibus, sobre as normas de trânsito e os riscos envolvidos em circular nas canaletas exclusivas”, informou.

A Polícia Civil é quem investiga o caso.