- Atualizado há 1 ano
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Uma proposta de mudança que promete entrar para a história do futebol paranaense está nas mãos do Conselho Deliberativo do Athletico. Convocada para o dia 26 de fevereiro, uma reunião extraordinária terá como tema central a alteração do artigo 99 do Estatuto Social, visando a renomeação do Estádio Joaquim Américo Guimarães para “Estádio Mario Celso Petraglia”. A proposta, que busca homenagear uma das figuras mais emblemáticas na trajetória recente do clube, ainda depende de aprovação do conselho para se tornar realidade.
O encontro, marcado para ocorrer presencialmente no estádio na Rua Buenos Aires, 1.160, bairro Água Verde, em Curitiba, começará às 18h30, com uma segunda convocação às 19h, assegurando a deliberação com qualquer número de conselheiros presentes. Além da potencial mudança de nomenclatura, a agenda inclui também a discussão de assuntos gerais pertinentes ao futuro e ao desenvolvimento do clube.
Sob a liderança do presidente do conselho deliberativo, Aguinaldo Coelho de Farias, a convocação reflete a importância da participação dos conselheiros nas decisões que afetam o rumo estratégico do clube. A proposta de renomear o estádio em honra a Mario Celso Petraglia é vista como um ato de reconhecimento às contribuições significativas do homenageado, cuja gestão se destacou por inovações e por impulsionar o clube a novos patamares de sucesso.
A reunião é aguardada com expectativa por torcedores, mídia e membros da comunidade futebolística, destacando-se não apenas pela importância esportiva do estádio, mas também por seu valor cultural e social para Curitiba e para o Paraná. A mudança proposta simboliza o desejo de preservar o legado de figuras transformadoras na história do clube, inspirando futuras gerações com suas realizações e visão de futuro.
Contudo, a implementação dessa mudança histórica ainda está condicionada à aprovação do conselho deliberativo.
Quem foi Joaquim Américo Guimarães
Nascido em Paranaguá no dia 4 de novembro de 1879, Joaquim Américo Guimarães é uma figura emblemática na história do futebol do Paraná. Falecido prematuramente aos 37 anos, em 30 de agosto de 1917, deixou um legado indelével que transcende gerações. Sua paixão pelo esporte o levou a fundar o Internacional Foot-Ball Club em 1912, estabelecendo as bases para o que viria a ser o Athletico, fruto da fusão com o América em 1924.
Guimarães não apenas fundou o primeiro clube em Curitiba aberto a jogadores de todas as nacionalidades, mas também foi o precursor do primeiro estádio de futebol do estado. Este local, que atualmente abriga o estádio do Athletico, carrega orgulhosamente seu nome, em uma justa homenagem ao seu idealizador.
Além de sua contribuição para o futebol, Joaquim Américo Guimarães também se destacou como presidente do Jóquei Club do Paraná, evidenciando sua ampla paixão pelo esporte. Em 1912, ao criar o Internacional, alugou a chácara de Carlos Hauer para construir um campo dedicado exclusivamente ao futebol, inaugurado em 1914.
A história do Athletico é marcada por momentos significativos, como a fusão com o América e a aquisição do terreno da Baixada, em uma troca de propriedades que culminou com o estádio tornando-se propriedade do clube em 1933. A sugestão de nomear o estádio em honra a Joaquim Américo Guimarães partiu de Alcídio Abreu, membro da diretoria, reconhecendo o imenso trabalho de Guimarães pelo futebol paranaense.
Quando foi inaugurado o estádio
A Baixada do Água Verde foi oficialmente batizada como estádio Joaquim Américo Guimarães em 1934, selando a homenagem ao fundador do Internacional. Sua inauguração oficial em 1914 foi marcada por uma memorável vitória do Flamengo sobre o Internacional, com um expressivo placar de 7 a 1. No entanto, já em 21 de dezembro de 1913, Guimarães havia organizado um festival de futebol, atraindo as principais autoridades e cerca de 1.500 torcedores, demonstrando a sua visão e amor pelo esporte.
