- Atualizado há 7 horas
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou nesta sexta-feira (10) a segunda fase da Operação Pharos, ação nacional de combate à pornografia infantojuvenil, com apoio técnico do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A ofensiva conta com a participação de Polícias Civis de 17 estados e do Distrito Federal, que cumprem 44 mandados de busca e apreensão em diferentes regiões do país.
A investigação teve início em Palmas (PR), após a apreensão de um dispositivo eletrônico contendo fotos e vídeos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, que eram comercializados por meio de aplicativos de mensagens. A análise do material, conduzida pela PCPR em parceria com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), permitiu identificar suspeitos em diversos estados.
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Com base nessas informações, a Senasp coordenou a operação conjunta, que também conta com o apoio internacional da Homeland Security Investigations (HSI), órgão de investigação dos Estados Unidos.
O delegado Kelvin Bressan, responsável pelo caso, destacou que o trabalho técnico realizado no Paraná foi determinante para o avanço das investigações. “A partir de um único dispositivo periciado pela Polícia Científica do Paraná, foi possível rastrear uma rede de usuários que trocavam material ilegal em diferentes regiões do país. O trabalho técnico e a integração com o Ciberlab foram fundamentais para transformar uma investigação local em uma operação nacional de grande alcance”, afirmou.
O objetivo da operação é interromper atividades criminosas, apreender dispositivos com provas digitais e subsidiar novas investigações, reforçando o compromisso das autoridades com a proteção da infância e da adolescência no ambiente digital.
O diretor da Diopi/Senasp/MJSP, Rodney Silva, ressaltou a importância da atuação conjunta entre as forças policiais. “A atuação coordenada das Polícias Civis estaduais, com apoio do Ciberlab e da HSI, demonstra a capacidade de articulação técnica e internacional do Brasil no enfrentamento aos crimes sexuais contra crianças na internet. A Operação Pharos reforça a importância da inteligência integrada e da cooperação entre estados e países para proteger os mais vulneráveis”, afirmou.
O nome “Pharos” faz referência ao Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, localizado na ilha egípcia de mesmo nome. O símbolo representa luz na escuridão e proteção, refletindo o esforço das forças policiais em rastrear e responsabilizar autores de crimes contra crianças e adolescentes no ambiente digital.
Os crimes investigados estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):
As penas variam de um a seis anos de reclusão, podendo aumentar conforme a gravidade e o envolvimento dos suspeitos.
Primeira fase
A primeira etapa da Operação Pharos foi realizada em fevereiro deste ano, resultando na prisão de 10 pessoas e no cumprimento de mandados em 20 estados.
Nesta quinta-feira (9), um desdobramento da ação em Curitiba levou à prisão de um homem de 36 anos, identificado a partir da perícia de um celular apreendido na primeira fase. Ele é acusado de produzir material de pornografia infantojuvenil e cometer estupro de vulnerável.
*Com informações da Polícia Civil