- Atualizado há 2 dias
Após a nutricionista Ana Bail usar a rede social Instagram para relatar que sofreu assédio e comentários inapropriados durante uma atividade de ciclismo no Velódromo do bairro Jardim Botânico, em Curitiba, os ciclistas Igor Nova e Davi Romeo usaram a rede social para destacar que o espaço não é hostil e que existem regras. Eles não fizeram críticas ou citaram diretamente o caso de Ana, mas falaram sobre ‘últimas polêmicas’.
No vídeo, Igor e Davi afirmam que há regras para o uso do Velódromo, de acordo com o tipo de atividade que o frequentador fará. “Tem regras e é preciso se informar. Existe a regra para as bicicletas de pistas, sem freios, e para as outras. É um espaço de multi convivência, onde todos os esportes são bem-vindos. Não é um espaço hostil. Espaço de diversão e que mudou a minha vida”, disse Igor.
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Assista ao vídeo dos ciclistas:
A polêmica veio à tona após Ana relatar que sofreu assédio de um grupo de homens que treinava no Velódromo do Parque Jardim Botânico, em Curitiba. A situação pela qual ela passou aconteceu no último sábado (24), na primeira vez que ela usava o local para pedalar.
“Esse é um recado para todos vocês idiotas que treinam aqui no Velódromo. A gente que é mulher não sente segurança em ir pra rua, nem segurança de estar em um lugar como esse, com um bando de bacana. Vocês não podem sair falando o que quiserem quando estão pedalando”, disse.
Relembre o vídeo:
No vídeo feito pelos ciclistas, Ana comentou e reforçou que o caso não aconteceu porque ela quebrou regras e que não teve a intenção de generalizar:
“Estão colocando como se eu tivesse feito algo e aí por isso merecesse comentários machistas?!. E mesmo que fosse que o caso, eu estava na linha mais lenta, não atrapalhei ninguém. Qualquer pessoa poderia me ultrapassar. Em nenhum momento denegri a “todos”, O que foi apontado é que “existem pessoas com esse perfil que treinam naquele espaço”. E, se alguém entendeu diferente, talvez o problema não esteja no que foi dito, mas na forma como foi interpretado”, disse.
Ela também afirmou que não fez o vídeo com a intenção de ‘viralizar’, como dito pelos ciclistas no vídeo. “Podem ter a certeza que eu não fiz nada pensando em “viralizar” como foi dito nesse vídeo, porque creio que ninguém em sã consciência iria querer receber o ódio masculino com tanto fervor. Eu apenas não quis me calar ao que sofri, porque é por isso mesmo que mulheres deixam de treinar. Porque não são bem vistas ou quando se posicionam, são colocadas de culpadas”, concluiu.