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‘Endireitada’, Câmara de Curitiba aprova moção de apoio a Trump e de protesto a Erika Hilton

A discussão se intensificou ao se misturar a um debate anterior sobre o conflito entre Israel e Palestina
Erika Hilton e Donald Trump foram objeto de moções da Câmara de Curitiba nesta terça
A discussão se intensificou ao se misturar a um debate anterior sobre o conflito entre Israel e Palestina

Redação Nosso Dia

05/02/25
às
14:12

- Atualizado há 20 segundos

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A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) protagonizou, nesta terça-feira (4), dois debates acalorados que evidenciaram o embate ideológico entre seus vereadores. Em votações simbólicas, a maioria aprovou uma moção de protesto contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e outra de apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Moção contra Erika Hilton expõe embate sobre fake news

O primeiro embate surgiu com a moção de protesto apresentada pelo vereador Bruno Secco (PMB), que acusou Erika Hilton de disseminar informações falsas ao criticar um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre mudanças na fiscalização via Pix. Segundo Secco, a deputada distorceu a realidade ao afirmar que o governo Lula nunca cogitou a taxação do sistema de pagamentos instantâneos.

A proposta foi duramente criticada pela vereadora Professora Angela (PSOL), que alegou que a real disseminação de fake news partiu de Nikolas Ferreira. “Quero que me mostrem onde Erika mentiu. Isso aqui não passa de um ataque motivado por transfobia”, declarou.

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João Bettega (União) rebateu a fala, acusando Angela de falsa imputação de crime. O vereador Guilherme Kilter (Novo) também defendeu a moção, afirmando que Hilton “mentiu e passou pano para o governo”. Já Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) argumentou que a iniciativa representava uma tentativa de censura: “Uma peça política digna de prêmio de desinformação”.

Câmara parabeniza Trump e acirra polarização

Na segunda votação controversa do dia, a Câmara aprovou moção de apoio à eleição de Donald Trump, apresentada por Eder Borges (PL). O parlamentar exaltou a vitória do republicano e afirmou que ele “veio para trazer paz ao Oriente Médio”.

A discussão se intensificou ao se misturar a um debate anterior sobre o conflito entre Israel e Palestina. Professora Angela criticou a moção e relembrou declarações de Trump que, segundo ela, não condizem com os interesses brasileiros.

O apoio ao ex-presidente norte-americano também foi questionado por Vanda de Assis (PT), que classificou a moção como “bajulação colonial”. “Trump não respeita o Brasil, os brasileiros e nem a democracia”, reforçou Giorgia Prates – Mandata Preta (PT).

Camilla Gonda (PSB) e Laís Leão (sem partido) também criticaram a iniciativa, argumentando que a Câmara deveria se preocupar com problemas locais, como alagamentos e filas no SUS.

Votação sem registro nominal

Ambas as moções foram aprovadas com votos contrários de uma minoria – cinco na moção contra Erika Hilton e sete na de apoio a Trump. No entanto, por se tratar de votação simbólica, sem registro eletrônico, não foi possível identificar como cada vereador se posicionou.

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