- Atualizado há 3 anos
A greve de ônibus em Curitiba, marcada para esta quinta-feira (12), não vai mais acontecer. O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) informou, ao Portal Nosso Dia, por volta das 16h15, que a CCD efetuou o pagamento de abril aos trabalhadores de forma integral, o que descarta a paralisação.
Entre segunda-feira (9) e hoje (11), as empresas Tamandaré e Glória já tinham efetuado o pagamento dos atrasados a motoristas e cobradores. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc) aguarda apenas a confirmação dos trabalhadores para retirar o indicativo de greve.
De acordo com o Sindimoc, mesmo se apenas uma empresa não pagasse o salário a greve aconteceria. “Como deixei claro nas assembleias, a greve é pelo pagamento de todos e para que atrasos não aconteçam mais. Se uma não pagar, vamos manter essa paralisação geral, que afetará todo o transporte coletivo”, afirmou, nos últimos dias, o presidente do Sindimoc, Anderson Texeira.
Por meio de nota, a URBS, que gerencia o transporte coletivo, confirmou a dificuldade em realizar os repasses as empresas.
A Urbanização de Curitiba (Urbs) aguarda a aprovação, pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC), do projeto de suplementação orçamentária de R$ 174 milhões, que será usado, em sua maior parte, para fazer frente ao déficit do sistema em 2022. O município também aguarda o repasse de subsídio ao transporte coletivo por meio do convênio com o Governo do Estado, o que deve ocorrer até meados da semana.
A Urbs reitera que tem feito esforços para acelerar os dois projetos e assim evitar atrasos nos repasses às empresas por conta do déficit financeiro no sistema. O transporte coletivo prevê um déficit de R$ 154 milhões em 2022, gerado pela diferença entre a tarifa técnica – que é a efetivamente paga às empresas – e a social, paga pelo usuário, de R$ 5,50. A diferença é coberta por subsídio do poder público. A tarifa técnica, em abril, foi de R$ 7.
A empresa também ressalta que o transporte coletivo é um serviço essencial, vital para o deslocamento de milhares de pessoas todos os dias na capital e a redistribuição de linhas entre empresas em caso de greve é uma prerrogativa de contrato e também uma forma de preservar o usuário deles ônibus da capital.