- Atualizado há 2 anos
A Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares (Feturismo), entidade filiada a Confederação Nacional do Turismo (CNTur), cobrou nesta segunda-feira (12) mais agilidade nas obras de reparo e reconstrução das vias de acesso ao litoral do Paraná, via BR-277 e Estrada da Graciosa (PR-410). Segundo os empresários, há uma queda de 50% na procura pelo litoral, bem como o cancelamento de reservas pela situação das estradas.
A manifestação está amparada nas dificuldades que os turistas enfrentam para chegar ao destino, afetando a economia da região, que já vive a temporada de verão. A BR-277 tem dois pontos de deslizamento, no km 39,5 e no 42, onde o trânsito está em pista simples e com grande congestionamento. No primeiro, ainda não foi informado se haverá necessidade de obra, já no segundo a estimativa é que as pistas sejam liberadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) antes do Natal.
A Feturismo afirmou que, no final de semana (sábado e domingo, 10 e 11 de dezembro), não haviam trabalhadores nos pontos de desmoronamentos, sendo o mais antigo, de 15 de outubro, no km 42. “A gigantesca obra de engorda da orla que exigiu tecnologia e equipes técnicas aconteceu em tempo recorde. Lamentavelmente não podemos falar o mesmo sobre o desmoronamento”, diz Fábio Aguayo, presidente da entidade que representa 52 segmentos econômicos do turismo.
Para a entidade, a situação exige atendimento emergencial não só para facilitar o acesso de cargas, mas permitir a passagem de veículos de pequeno porte que trasladam os visitantes e turistas para os municípios do litoral que movimentam a economia e mantém empregos. “Como organização da sociedade civil, a nossa preocupação está legitimada pelos empreendedores que dependem do turista para sustentar os seus negócios, que tanto sofreram com a pandemia do SARS COV-2”, ressaltou Aguayo.
O presidente da Feturismo alerta que é preciso permitir que o planejamento de férias e descanso tão esperado para acontecer no litoral não seja desviado para outras alternativas, impactando o orçamento dos meios de hospitalidade, que estão em queda de 50% na procura pelo nosso litoral, bem como o cancelamento de reservas pela situação das estradas.
“Suplicamos a atenção que toda a cadeia merece. É urgente uma atenção preferencial, ou melhor, emergencial, de ação e não de discurso, das autoridades competentes, especialmente do DNIT, para que seja regularizado e minimizado o máximo possível os transtornos e prejuízos, em consideração as quase 300 mil pessoas que vivem no Litoral Paranaense, sem falar em um milhão de pessoas que pretendem circular tradicionalmente nas datas de fim de ano, em especial no Réveillon”, completou Fábio Aguayo.
Nesta segunda-feira, o Portal Nosso Dia entrou em contato com o DNIT sobre o andamento das obras na BR-277 e aguarda um retorno. A expectativa é de liberação das pistas para antes do Natal. Quanto à Estrada da Graciosa, a expectativa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), é que o trecho bloqueado seja liberado até o dia 20.