- Atualizado há 1 semana
O empresário de 49 anos, que atropelou o idoso Edmundo Goralewski, de 90 anos, afirmou que não percebeu o acidente e por isso não prestou socorro. A versão dele será investigada pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), que realizará o inquérito policial. O condutor foi identificado e prestou depoimento na manhã desta terça-feira (1).
Segundo o delegado Edgar Santana, da Dedetran, o motorista alegou que também não ficou sabendo do caso pelos meios de comunicação, mesmo com a grande repercussão que o caso teve. O atropelamento aconteceu na Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba, no último sábado (28).
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“Tivemos sucesso em localizar o motorista e ele foi intimado a comparecer à delegacia. Pela manhã foi interrogado e disse que não percebeu a vítima. Disse que não parou porque não sabia e que tomou ciencia do fato na data de ontem. Não ficou sabendo pelos meios de comunicação e essa é a versão que ele passou, que iremos investigar”, disse o delegado.
De acordo com Santana, o motorista, empresário do ramo de joias, está com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em dia. No carro foi verificado um pequeno dano no para-choque, que pode ser fruto do atropelamento.
“O veículo foi apreendido pela Polícia Civil e será periciado. Ele alegou que não percebeu o dano no carro. Inicialmente, tratamos o caso como homicídio culposo com omissão de socorro, mas serão necessárias novas digilências. A versão dele (empresário) está condizente até o momento”, concluiu o delegado.
Para o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito, a morte do idoso Edmundo Goralewski, de 90 anos, aconteceu não só pelo atropelamento, mas por uma atrocidade humana, já que dezenas de veículos passaram pelo senhor e os motoristas não foram socorrê-lo.
“Na verdade, não se tratou de um acidente, mas sim de uma tragédia anunciada, uma verdadeira falta de empatia, respeito e solidariedade de todos que passaram aqui naquele local e visualizaram a vítima no chão. A morte desse senhor não foi causada somente pelo atropelamento, mas sim foi decorrente de um ato de atrocidade da humanidade”, disse Edgar Santana.
Segundo as investigações, o idoso caminhava pela calçada quando sofreu a queda e ficou caído na rua. Foram cerca de dois minutos até que ele fosse atingido por um carro. O motorista saiu do local e apenas cerca de um minuto depois outro condutor sinalizou o acidente.(Assista ao vídeo mais abaixo)
O delegado confirmou que os motoristas que não prestaram socorro poderão responder por omissão. “É importante ressaltar que uma vez identificadas essas pessoas e se de fato fique comprovada a não prestação de assistência, com a pessoa tendo condições de ajudar naquele momento, ela poderá responder pelo crime de omissão de socorro, cuja pena pode chegar até seis meses de detenção”, disse o delegado.