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Empresa dos irmãos Batista compra fatia da CSN e entra no capital da Usiminas

Com isso, os irmãos Batista colocam um pé na Usiminas, siderúrgica controlada pelo grupo ítalo-argentino Ternium, pela japonesa Nippon Steel e pelo fundo Previdência Usiminas
Instalações da siderúrgica Usiminas em Ipatinga (MG), concorrente da CSN em aços planos Foto: Usiminas/Divulgação
Com isso, os irmãos Batista colocam um pé na Usiminas, siderúrgica controlada pelo grupo ítalo-argentino Ternium, pela japonesa Nippon Steel e pelo fundo Previdência Usiminas

Estadão Conteúdo

01/08/25
às
8:31

- Atualizado há 16 horas

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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou nesta quinta-feira, 31, que vendeu na quarta-feira, 30, uma participação acionária correspondente a 4,99% de ações que detinha na sua concorrente Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S A. (Usiminas) para a Globe Investimentos SA. A Globe é uma empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da J&F Investimentos, da JBS e da Eldorado Celulose.

Procurada, a J&F não quis comentar. Conforme o comunicado da CSN à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor do negócio, com base no fechamento do pregão da Bolsa de terça-feira, 29, foi da ordem de R$ 263,3 milhões. A operação envolveu 35.192.508 ações ordinárias e 27.336.139 preferenciais de emissão da Usiminas.

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Com isso, os irmãos Batista colocam um pé na Usiminas, siderúrgica controlada pelo grupo ítalo-argentino Ternium, pela japonesa Nippon Steel e pelo fundo Previdência Usiminas. As ações adquiridas – que correspondem a 4,99% do capital social -, estão fora do bloco de controle da siderúrgica, que tem a Ternium como maior acionista e quem indica a maioria da diretoria executiva.

Apesar da relação, o instrumento financeiro (Globe Investimentos) não está oficialmente sob o guarda-chuva da holding J&F.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o veículo de investimentos pertence à própria família e é presidido por Aguinaldo Gomes Ramos Filho, sobrinho de Joesley e Wesley Batista.

A venda do pacote de ações pela CSN é fruto de pressão da Justiça ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que o órgão obrigasse Benjamin Steinbruch, principal acionista da CSN, a se desfazer de ações da concorrente. Desde 2014, sem sucesso, o órgão antitruste brasileiro vinha exigindo a redução da fatia da CSN na Usiminas a menos de 5%.

Com a venda anunciada nesta quinta-feira, 31, a CSN diminuiu sua participação de 12,91% para 7,92% no capital social da Usiminas (10,13% das ações ordinárias e 5,08% das preferenciais). A empresa ainda deve se desfazer de 2,93% para atingir os 5% estipulados em decisão do Cade.

O Cade estava sob pressão do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), e recentemente estipulou prazo de dois meses para a CSN apresentasse um plano de alienação de papéis da siderúrgica mineira. A CSN formou sua posição acionária na rival a partir de 2011, com compras no mercado.

O negócio informado na quarta-feira, 30, pela empresa de Steinbruch se deu há poucos dias de uma sessão do órgão antitruste, em 6 de agosto, justamente sobre a questão (desinvestimento dos papéis).

Quando uma aquisição resulta em participação superior a 5%, a notificação à autarquia passa a ser obrigatória.

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