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Em greve, trabalhadores do INSS fazem ato em Curitiba e cobram governo Lula: ‘Contradição’

Já são dois meses de greve, resultando em cem mil pessoas sem atendimento nas agências de Previdência Social do país
(Foto: Geovane Barreiro - Nosso Dia)
Já são dois meses de greve, resultando em cem mil pessoas sem atendimento nas agências de Previdência Social do país

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

06/09/24
às
13:50

- Atualizado há 1 mês

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Representados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Estado do Paraná (SindPRevs), trabalhadores do INSS realizaram, na manhã desta sexta-feira (6), um movimento de apoio a greve nacional da categoria. A concentração aconteceu em frente ao prédio da gerência Executiva do INSS, no Centro de Curitiba e as cobranças foram fortes ao Governo Lula pela forma que as negociações têm sido levadas. Os sindicalistas afirmam que ações radicais contrastam com um presidente formado no sindicalismo.

Segundo o movimento, o governo anunciou que fechou um acordo com os trabalhadores, mas a negociação foi feita apenas com uma entidade ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), que não teria legitimidade de representar todos os funcionários. Com isso, os trabalhadores ainda pedem a reposição da inflação e o reconhecimento da carreira de técnico como nível superior.

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Hélio de Jesus, diretor da FenaspS (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), que é ligada ao Sindprev, falou ao Portal Nosso Dia que chama a atenção a forma com que o Governo Lula está tratando a questão.

“O governo não apresentou uma proposta para reestruturação da carreira. Não sentou para discutir sobre a pauta da greve e é nisso que estamos insistindo. É uma contradição do governo Lula, porque quando se elegeu dizia que os trabalhadores não seriam punidos. Agora, corta salário e usa artifícios jurídicos. Mas nós vamos lembrar o Governo Lula que o trabalhador precisa lutar”, afirmou.

Greve acontece há dois meses (Foto: Geovane Barreiro – Nosso Dia)

Já são dois meses de greve, resultando em cem mil pessoas sem atendimento nas agências de Previdência Social do país. Segundo Hélio, da forma que está não há sinal aparente do fim do movimento. “Não abrimos mão de organizar o trabalho para que sejamos reconhecidos como categoria de estado. Queremos uma resposta positiva sobre o plano de carreira”, apontou.

Presente na manifestação, o diretor do SindPrevs, Nelson Luiz Malinowski, ressaltou os pedidos da categoria. “Nossa pauta é a reposição da inflação, que corroeu o nosso trabalho. O governo nasceu do sindicalismo e deveria ser mais fácil negociar, mas não está acontecendo. Governo está sendo intransigente. Maior prejudicado é quem precisa do serviço do INSS”, concluiu.

Veja as imagens da manifestação:

Greve acontece há dois meses (Foto Geovane Barreiro – Nosso Dia)

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