
- Atualizado há 1 dia
O deputado estadual Renato Freitas (PT) afirmou, em discurso nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que agiu em legítima defesa no episódio de agressão ocorrido no dia 19 de novembro em Curitiba. Segundo ele, a confusão foi provocada por Wesley de Souza Silva, que teria iniciado a agressão após uma discussão no trânsito.
Em discurso durante a sessão, Freitas contou que havia acabado de receber a notícia de que será pai novamente e deixava uma clínica de exames com a mãe do bebê, grávida, quando um carro teria executado uma “manobra perigosa” em direção aos dois. “Pedi respeito aos pedestres. E o Wesley, que agora se apresenta como vítima, me xingou: ‘Vai andando lixo, nóia, vereadorzinho do PSOL’. Ele me injuriou e intimidou para sair na porrada porque pedi respeito à minha família”, disse.
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De acordo com o parlamentar, Wesley de Souza Silva conduzia o veículo com os quatro pneus sobre a calçada, vindo por trás da família e cometendo infração de trânsito. “Mesmo estando errado, porque olhei para as ruas, ele veio pelas nossas costas, com os quatro pneus na calçada. Ao invés de pedir desculpas, ele xingou e veio a milhão para brigar, para me dar um abraço que não seria”, afirmou.
Freitas afirmou ter corrido em reação à investida do motorista. “Cheguei na voadora. É claro, não pegou, mas foi para mostrar o cartão visita. Não declare guerra contra mim e muito menos contra a minha família.”
Ele ressaltou que a ação registrada nas imagens “tem apenas 15 segundos” e negou ter praticado agressão desproporcional. “Quando ele caiu na minha frente, poderia ter chutado a cabeça, mas não quis ser covarde. Dei dois tapas na bunda e pedi para ele respeitar os outros. Apenas neutralizamos a injusta agressão. No direito brasileiro isso tem nome: legítima defesa.”
Renato Freitas também acusou Wesley de Souza Silva de retornar ao local com outras pessoas para tentar reiniciar a briga e gerar repercussão nas redes sociais. “Ele voltou com dois moleques que vestiam as mesmas roupas. E Wesley buscando recomeçar a briga para conseguir views na internet. Ele queria brigar comigo. Se quer paz, eu quero em dobro; se quer guerra, terá.”
No discurso, Freitas ainda citou o advogado Jeffrey Chiquini, mas como alvo de críticas políticas — não como participante da briga. Ele o acusou de perseguir seu mandato e manipular narrativas públicas.
“Quando convém, exalta briga na balada, intimida pessoas usando simulacro de arma, se vangloria de ter quebrado o nariz de um vereador do PSOL. Quando entra o Jefrei Chiquini na jogada, Wesley se faz de vítima, apaga posts e diz que foi espancado. O que esconde é que volta para a briga e está sem sangue e sem marca. Mentiroso.”
Freitas encerrou contextualizando o caso como parte de um ambiente de hostilidade política em Curitiba.
“Só podia acontecer na única capital em que o fascista Plínio Salgado teria sido eleito presidente e que recentemente deu votação expressiva a Jair Bolsonaro. Chiquini, advogado de 8 de janeiro, defende a banda podre da polícia e há tempos criminaliza meu mandato. Pedem que as pessoas me hostilizem. Quando acontece, dizem que eu sou o agressor”