- Atualizado há 5 dias
O Portal Nosso Dia teve acesso à decisão judicial que levou a condenação de Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, pelo crime de extorsão e roubo contra um homem, em Curitiba. Jhonatan é suspeito de matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, de 46 anos, na última terça-feira, em Curitiba. Na sentença, o rapaz foi condenado a quatro anos, três meses e cinco dias de reclusão, mas foi permitido que recorresse em liberdade com medidas cautelares. Solto em 13 de fevereiro, ele é investigado por matar Cristiano 20 dias depois.
O crime que levou a condenação de Jonathan aconteceu em agosto do ano passado, quando ele, com uma arma que seria de brinquedo, ameaçou um homem durante um programa sexual, o obrigando a fazer um pix de R$ 3,5 mil sobre grave ameaça. Além disso, levou um aparelho celular avaliado em R$ 15 mil. Após isso, acabou preso em flagrante pela Polícia Militar.
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No depoimento que deu após a prisão, Jonathan afirmou que se encontrava com uma arma de airsoft que tinha adquirido horas antes porque, antes disso, já tinha acontecido outra vez de ir realizar os serviços e a pessoa não enviar o dinheiro combinado. Disse que houve um desacerto comercial sobre o valor do programa e que, por isso, obrigadou a vítima transferir o dinheiro.
Jonathan disse que devolveu o aparelho celular e o dinheiro à vítima ao ser preso e que sabia que agiu errado. “Assume o erro que cometeu, sabe que não é o jeito certo de agir, sabe que poderia ter agido de um outro jeito, mas só do fato de estar lá realizando algo que não gostava por um dinheiro ficou injuriado e pede desculpas”, diz trecho da sentença com os relatos dados por Jonathan.
O réu ainda confessou ser garoto de programa e disse que estava trabalhando assim por estar desempregado.
Com base nos depoimentos colhidos sobre o caso, a juíza responsável pela sentença afirmou que os fatos apresentados, com a versão da vítima e do acusado, dão “a certeza de que o Jonathan efetivamente praticou a conduta narrada no primeiro fato da denúncia, de modo que deve ser condenado”.
“No que toca ao tipo objetivo da infração penal, não há dúvidas de que o delito de extorsão ficou plenamente caracterizado na conduta do sujeito ativo, uma vez que, mediante grave ameaça, com o intuito de obter vantagem econômica, constrangeu a vítima a realizar transferência bancária via PIX no valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais)“, afirma a decisão.
A juíza salienta que o réu não apresenta antecedentes criminais e que, por isso, foi fixado o o regime semiaberto para o cumprimento da reprimenda, com a revogação do decreto preventivo e concessão do direito de recorrer em liberdade, com as seguintes medidas cautelares: proibição de ausentar-se e Curitiba sem prévia autorização judicial por prazo superior a 15 dias; recolhimento domiciliar no período noturno, das 22h às 06h ep roibição de contato com a vítima.
A decisão pela soltura foi tomada no dia 13 de fevereiro, 20 dias antes de Jonathan matar Cristiano. Antes disso, segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), ele teria praticado os crimes de roubo e extorsão contra duas vítimas nos dias 18 e 25 de fevereiro.
Cristiano teve uma trajetória marcante na imprensa paranaense, sendo editor do projeto Gazetinha, do jornal Gazeta do Povo, uma iniciativa que revelou muitos talentos para o jornalismo local.