PUBLICIDADE
CURITIBA /
DIA A DIA

Em Curitiba, secretário do Ministério da Saúde se emociona ao relembrar a pandemia e diz: “O que fizeram não pode ter anistia”

A fala do médico sanitarista e professor universitário ocorreu durante evento de celebração dos 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS).
A fala do médico sanitarista e professor universitário ocorreu durante evento de celebração dos 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Vitoria Santin

20/09/25
às
15:26

- Atualizado há 20 segundos

Compartilhe:

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, se emocionou ao relembrar das vítimas da pandemia de Covid-19 e criticou as ações do ex-governo na condução das políticas de enfrentamento ao vírus. A fala do médico sanitarista e professor universitário ocorreu, nesta quinta-feira (19), durante o evento de celebração dos 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), realizado no Hospital de Clínicas da UFPR, em Curitiba. No Brasil, a pandemia provocou a morte de mais de 700 mil pessoas. Assista ao discurso no final da matéria.

Ao citar as vítimas, Massuda, que já atuou como secretário de saúde de Curitiba, afirmou que as ações do governo federal no período de enfrentamento à Covid-19 não devem ser esquecidas nem anistiadas.

“A pandemia da Covid não pode ser esquecida nesse país. O que fizeram não pode ter anistia e não pode ter liberdade para quem cometeu atrocidades na frente do Ministério da Saúde, na frente do Governo Federal. Uma coisa está vinculada à outra”, declarou, em referência ao governo Jair Bolsonaro, sendo aplaudido pelo público presente.

Massuda destacou ainda a importância da resistência do movimento estudantil em defesa do SUS naquele período. Formado em Medicina pela UFPR, ele ressaltou o papel do Diretório Acadêmico Nilo Cairo (DANC), que funcionou como ponto de mobilização durante a pandemia.

“Acho que a gente tem que resgatar aquele prédio e transformá-lo em um centro de memória da democracia, do movimento estudantil e também da pandemia da Covid”, disse, ao mencionar o edifício da Rua Ébano Pereira, fechado desde 2013.

Reconhecido como um dos defensores do sistema público de saúde, Massuda publicou, em 2020, um artigo no qual criticava a gestão de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia. “O presidente da República sabota medidas não farmacológicas comprovadamente eficazes para a redução comunitária do vírus”, escreveu à época, quando o Brasil se aproximava de 200 mil mortes por Covid-19.

Assista:

SUS 35 anos

A cerimônia pelos 35 anos do SUS reuniu autoridades e gestores de saúde, como o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto, a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak, o superintendente do Complexo Hospital de Clínicas/UFPR, Adonis Nasr, além do reitor da UFPR, Marcos Sfair Sunye, e da vice-reitora Camila Fachin. Representantes de hospitais que integram a rede do SUS em Curitiba – Santa Casa, Hospital do Trabalhador e Hospital Evangélico Mackenzie – também participaram.

O diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, César Neves, reforçou em sua fala a relevância do sistema. “O SUS precisou enfrentar uma pandemia para que as pessoas entendessem a grandiosidade, a capilaridade e, principalmente, a universalidade do sistema”, afirmou.

TÁ SABENDO?

DIA A DIA

© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias