- Atualizado há 3 anos
Os primeiros 15 dias de julho tiveram nova alta no movimento da Unidade de Pronto Atendimento Dr. Attilio de Almeida Barbosa Jr. (UPA 24h) em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde revelou que, entre os dias 01 e 15 de julho, foram atendidas 8.792 pessoas na UPA, entre adultos e crianças.
Dos pacientes atendidos, segundo a diretora da UPA, Katiuscia do Nascimento, diretora de urgência e emergência da UPA, 60% são por demandas respiratórias.” Tudo gira em torno da mudança climática, da baixa vacinação, e ainda dos resquícios pós pandemia quando a orientação era, na primeira suspeita e sintomas, já vir buscar atendimento. Agora nossa orientação para a população é que, estando vacinado, busque primeiro as Unidades Básicas de Saúde. A UPA é para casos de emergência, de traumas”, disse a diretora.
O levantamento também mostrou uma queda nas horas de espera por atendimento. Dos 15 dias deste recorte, apenas seis tiveram picos mais altos de espera, e são justamente em dias de maior movimento (segundas, terças e fim de semana). Dez dias deste período tiveram média de espera mínima de uma hora e 30 minutos, e máxima de duas horas e 40 minutos.
“Pode até parecer bastante tempo ainda, mas lembramos que a UPA é uma unidade de urgência e emergência. Então, na comparação à realização de um exame trivial, por exemplo, estamos na média de espera por atendimento médico, tanto na rede pública como privada”, compara Katiuscia.
O movimento é monitorado diariamente pela pasta e segue sendo recorrente nas segundas e terças-feiras, especialmente após às 18h. Também é importante destacar os atendimentos feitos pelo Samu que sempre são de urgência e emergência, e que são encaminhados à UPA. Eles ultrapassam mais de 20 casos atendidos por dia, durante 8 dias de julho, para se ter ideia. No dia 12 de julho, terça-feira passada, chegou a 29 atendimentos do Samu.
A avaliação da secretária municipal de Saúde, Danielle Fedalto, mediante esses dados, é de que tanto a escala atual do quadro de médicos quanto o protocolo recém implantado – chamado Classificação de Risco – estão ajudando a dar vazão nesse aumento exponencial da demanda que, segundo o quadro médico, se deve a muitos casos com sintomas respiratórios. Neste período quinzenal foram realizados, diariamente entre 7h30 e 19h30, 1.982 testes rápidos de Covid.
Atendimento UPA
A pasta decidiu implementar na UPA, gradativamente, o protocolo criado pelo Ministério da Saúde e utilizado por todo o Sistema Único de Saúde (SUS) porque a ferramenta serve para os profissionais de saúde definirem prioridades de atendimento e organizarem as filas de espera por atendimento. Tal método de classificação é amplamente utilizado no mundo (em mais de 25 países) e determina quais são os atendimentos prioritários na unidade de emergência.