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Eduardo Pimentel diz que gestão tem o ‘compromisso’ de concluir obras na Linha Verde até 2024

O projeto de obras da Linha Verde já tem cerca de 16 anos, e o prazo definido pela Prefeitura de Curitiba em relação à conclusão é, agora, de 18 meses
Foto: Pedro Ribas/SMCS
O projeto de obras da Linha Verde já tem cerca de 16 anos, e o prazo definido pela Prefeitura de Curitiba em relação à conclusão é, agora, de 18 meses

Redação Nosso Dia

15/06/23
às
11:51

- Atualizado há 2 anos

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O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), disse que a atual gestão municipal tem o “compromisso” de concluir as obras da Linha Verde até o final do ano que vem. O também secretário estadual das Cidades afirmou ainda que a “obra está em ritmo satisfatório de conclusão”. As declarações foram feitas durante entrevista à rádio Jovem Pan News na manhã desta quinta-feira (15).

Após vários adiamentos e pausas, a fala de Pimentel ocorre cerca de oito meses depois de as obras no trecho que fica no trevo do bairro Atuba serem retomadas por completo. O projeto de obras da Linha Verde já tem cerca de 16 anos, e o prazo definido pela Prefeitura de Curitiba em relação à conclusão é, agora, de 18 meses.

Vice-prefeito e secretário das Cidades, Eduardo Pimentel. Foto: Divulgação

“Sim, [a obra] vai terminar. Eu fui secretário de Obras de Curitiba nos dois primeiros anos (2017 e 2018) e nós pegamos a obra da Linha Verde parada. É importante que ouvinte lembre que a obra da Linha Verde, a antiga BR-116, é longa e foi feita em lotes, em etapas. Tivemos dois problemas que lidamos com muita transparência. Primeiro veio a pandemia, que atrapalhou o dia a dia das obras e o aumento dos custos, e a empresa que administrava o trecho quebrou. Temos o compromisso de concluir até o fim do ano que vem, que é o fim da nossa gestão”, afirmou Pimentel na rádio Jovem Pan News.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a Linha Verde possui 22 quilômetros de extensão de uma via urbana ao longo do eixo da BR-476, ligando a cidade do Sul ao Norte, desde o Pinheirinho ao Atuba. O trecho Sul da Linha Verde foi o primeiro a ser concluído, entre os anos de 2009 e 2014. Atualmente, estão em fase de licitação os lotes 2.1; 2.2 e o Lote 4.1.

  • Lote 2.1: é o Viaduto da Victor Ferreira do Amaral/Estação Tarumã;
  • Lote 2.2: abrange as alças de acesso ao viaduto. Os projetos dos viadutos estão em fase de conclusão;
  • Lote 4.1: compreende o trecho entre a Estação Solar e Estação Atuba, numa extensão aproximada de 2,84 km.

Radares em Curitiba

Eduardo Pimentel também foi questionado sobre a possibilidade de ocorrer uma redução no número de radares na capital paranaense. Segundo ele, houve uma reformulação no novo contrato que dispõe sobre os equipamentos de fiscalização na cidade.

Radar nos cruzamentos das ruas Ulbaldino do Amaral e Amintas de Barros, em Curitiba, 05/11/2021. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

“Sim, é possível [reduzir os radares], pois é uma constante, um processo de educação com quem passa todos os dias naquele trecho. À medida que o controle for efetivo, o motorista passe a respeitar mais essa intersecção, é possível reavaliar. Isso é um assunto polêmico e ninguém gosta de tratar disso. Mas eu sou contra qualquer tipo de arapuca. Temos, sim, que ter uma sinalização efetiva e clara”, disse o vice-prefeito de Curitiba, que também defendeu a presença de radares em alguns pontos de Curitiba, como próximo de escolas e ruas íngremes.

Transporte coletivo

A Câmara Municipal de Curitiba deu início, em abril, às discussões em torno de uma nova licitação do transporte coletivo na capital paranaense, já que o atual contrato de concessão vence em 2025. Uma comissão especial discute ainda a possibilidade da adoção de “tarifa zero”.

Ao ser questionado sobre as medidas a serem tomadas para combater a queda no número de usuários do sistema, Pimentel disse que o tema é um “dos maiores desafios dos gestores dos grandes centros urbanos”. De acordo com a própria prefeitura, houve uma redução expressiva em 2020, e o número de usuários caiu para 76,4 milhões. A título de comparação, no ano anterior (2019), a média de usuários era de 203 milhões. Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade, a queda se deu devido à pandemia de Covid-19.

Foto: Cesar Brustolin/SMCS

“Está ocorrendo a perda de passageiros no transporte coletivo, e a pandemia ajudou nisso. O transporte coletivo é, sim, se não o principal, um dos maiores desafios dos gestores dos grandes centros urbanos porque precisamos disponibilizar transporte gratuito, ônibus com qualidade e tarifa justa para todos os usuários”, disse Pimentel.

De acordo com ele, Curitiba “tem diminuído muito” a tarifa técnica do transporte, um dos principais itens que define o valor da passagem para o usuário. Em fevereiro, a administração municipal anunciou o reajuste de R$ 0,50 na tarifa de ônibus e, atualmente, o usuário paga R$ 6 para embarcar no ônibus.

“Estamos mantendo, para o passageiro, tarifa social, pela qual ele paga um valor menor do que o custo real do sistema, que é a chamada tarifa técnica. Se atualizássemos pelo custo real, o passageiro teria que pagar R$ 7,05. O valor da tarifa técnica subiu 11% entre março de 2022 e março de 2023”, disse o presidente da Urbs à época.

“Nós, em Curitiba, temos diminuído muito a tarifa técnica, que era alta. Hoje, é perto da tarifa subsidiária que colocamos para a população de Curitiba, com forte investimento do município e apoio do Governo do Estado. É importante e fundamental que o Governo Federal entre na discussão do transporte coletivo”, afirmou Eduardo Pimentel.

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