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“É a hora de mudar a nossa vida”, diz prefeito sobre construção da ponte entre Matinhos e Guaratuba

Proposta está na fase de Licenciamento Ambiental, que deve ser concluída em setembro deste ano
Proposta está na fase de Licenciamento Ambiental, que deve ser concluída em setembro deste ano

Luiz Henrique de Oliveira

25/04/22
às
6:13

- Atualizado há 3 anos

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Ponte irá ligar as cidades de Matinhos e Guaratuba, litoral do Paraná Foto: Arnaldo Alves/ANPr

Pesquisa feita em 2021 durante a revisão do Plano Diretor de Guaratuba, litoral do Paraná, apontou que 96% dos moradores da cidade querem a construção da ponte que ligará até Matinhos. A proposta entrou na segunda fase, após a conclusão e aprovação por parte do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), que é a avaliação de especialistas sobre o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Por necessitar que a análise seja feita em diferentes estações do ano, o prazo de conclusão é de 420 dias, com término previsto para setembro.

Em entrevista ao Nosso Dia, o prefeito da cidade, Roberto Justus, afirmou que a ponte é fundamental para mudar a vida do guaratubano. “Eu tenho dito aqui em Guaratuba que para tudo aquilo que não há solução hoje, existe a ponte. Hospitais de alta e média complexidade, por exemplo, há essa dificuldade para o morador. Com a ponte, virão especialidades médicas e clinicas, pequenas hospitais e grandes hospitais. A ponte nos une ao Litoral e ao Paraná e cria um mercado consumidor de 100 mil habitantes, se somados com Matinhos”, destacou o prefeito.

Por enquanto, o município acompanha o andamento da proposta que é do Governo do Paraná. Para o prefeito, a ponte é quase uma unanimidade no município. “96% da população quer a ponte e 4% não, quer que Guaratuba seja uma vila. Justificativas as pessoas vão sempre buscar. Tem gente quer não quer a ponte porque vai passar perto de casa, são situações particulares, mas a maioria quer”, ponderou.

Atualmente, a travessia entre Guaratuba e Matinhos é feita somente por ferry-boat, com movimento estimado de 70 mil a 100 mil veículos por mês, número que salta para 200 mil na temporada de verão. As balsas têm apresentado diversos problemas, o que inclusive afeta na ida dos turistas ao município.

” O modelo de balsa não se sustenta mais. Pode ter gente forte que vai se mobilizar contra, mas o que vai definir é a vontade politica do governador e o recurso financeiro para se fazer esta grande obra para o Litoral do Paraná”, pontuou Justus.

Investimentos

Nesta etapa de licenciamento ambiental do projeto o investimento é de R$ 3.500.369,91. “Estou muito otimista com a Ponte de Guaratuba. Temos que vencer a burocracia para que nada atrapalhe este grande projeto. A certeza é que estamos dando todos os passos para resolver um problema antigo do Litoral”, afirmou o governador Ratinho Junior.

(Foto: Divulgação)

Ao Nosso Dia, o engenheiro Plinio Vivan Filho, da diretoria-geral do DER/PR, afirmou que no momento não há entraves para a proposta. “Atualmente não há entraves. A previsão para a conclusão dos Estudos Ambientais e Preliminares é para setembro de 2022, após a conclusão, iniciam-se as fases do projeto executivo, licitações e contratação”, afirmou.

Ainda não é possível dar uma data para início da obra e entrega dela, mas a expectativa é grande. “A economia e a população do litoral do Paraná necessitam de grandes obras e desenvolvimento. O Governo do Paraná vem trabalhando fortemente para que elas aconteçam, inclusive a ponte de Guaratuba. Será um importante atrativo para o turismo local e regional”, concluiu o engenheiro.

Restrição de tráfego

Em março deste ano, o Governo do Paraná formalizou um protocolo de intenções com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) para restringir circulação de caminhões para o transporte de cargas pesadas. As especificidades serão apresentadas no projeto final da obra.

A promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), Dalva Marin Medeiros, representou o órgão durante a assinatura.

A iniciativa atende a um pedido dos moradores da região. O temor da população era que a nova estrutura servisse de desafogo para veículos muito pesados (mais de dois eixos) com o incremento no transporte de carretas carregando contêineres entre o Porto de Paranaguá e os terminais marítimos de Santa Catarina, impactando diretamente no trânsito e na qualidade de vida dos moradores dos municípios.

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