- Atualizado há 12 horas
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou por homicídio e ocultação de cadáver o humorista Marcelo Alves, de 40 anos, pelo assassinato de Raíssa Suellen Ferreira, de 23, em Curitiba. Segundo a conclusão do inquérito policial, Alves agiu de forma dissimulada e o indícios apontam que ele tinha uma obsessão pela vítima.
Naturais de Paulo Afonso, na Bahia, Raíssa e Marcelo se conheciam desde a adolescência da jovem. Na capital paranaense, o suspeito prometeu um emprego para a vítima em São Paulo, com o intuito de atrai-lá até sua casa para supostamente se declarar. Na residência, no dia 2 de junho, no bairro Cidade Industrial de Curitiba, Raíssa foi assassinada.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
Conforme o inquérito policial, após o crime Alves agiu de forma dissimulada para esconder o assassinato:
“Todos os arquivos apresentados pela família demonstram que Dhony e Marcelo buscaram encobrir o homicídio e ocultação de cadáver praticados. Os suspeitos agiram de forma dissimulada e tentavam convencer que Raissa saiu viva de dentro da residência e não possuíam nenhum envolvimento com seu desaparecimento. Dhony sempre muito incisivo ao afirmar que ele e seu pai não sabiam onde Raissa estava. O objetivo era induzir a família ao erro e pensar que Raissa estaria viva em algum lugar”, diz trecho da conclusão do inquérito.
Ainda conforme a polícia, elementos apurados apontam que Marcelo tinha uma obsessão por Raíssa:
“Entre os arquivos obtidos no curso da investigação, consta uma gravação de ligação telefônica realizada pela advogada da família da vítima. Na ocasião, a advogada questiona MARCELO ALVES DOS SANTOS se, em algum momento, teria olhado para RAISSA com outros olhos, sugerindo eventual interesse além do vínculo de amizade. Após uma breve pausa, MARCELO responde: “Todos os olhos.” Tal declaração, analisada no contexto geral dos fatos, reforça a tese investigativa de que MARCELO nutria um sentimento de obsessão pela vítima“, complementa o documento
Sobre Dhony, preso novamente nesta quarta-feira, as investigações sobre a participação dele no caso estão ainda em andamento:
“Ressalta-se que, em relação ao investigado DHONY DE ASSIS, as investigações prosseguem, com o objetivo de aprofundar a apuração quanto à sua efetiva participação nos delitos em apuração, especialmente por meio da análise de diligências em andamento, bem como da eventual obtenção de novas provas. Assim, mantém-se a investigação em curso em relação ao referido indivíduo, visando à completa elucidação dos fatos nos termos da legislação vigente”, concluiu o inquérito.