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O diretor da Império Alviverde, André “Macaco”, baleado no último dia 23 por um sargento da Polícia Militar de folga durante uma confusão próxima ao Estádio Couto Pereira, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital em Curitiba. Ele havia sido atingido na região do abdômen e estava internado em estado grave.
O caso ocorreu durante as comemorações pelo acesso e pelo título da Série B, quando uma briga entre torcedores teria se iniciado nas imediações do estádio. Segundo as primeiras informações apuradas, André sacou uma arma e efetuou disparos para o alto na tentativa de dispersar a confusão. Ao ver a ação, um sargento da Polícia Militar que estava de folga interveio e atirou contra o diretor da torcida organizada.
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O policial realizou o teste do bafômetro, que apontou resultado negativo para ingestão de álcool.
A Império Alviverde divulgou uma nota lamentando profundamente a morte de André “Macaco”:
“É com muita dor no coração e profundo pesar que comunicamos o falecimento de nosso irmão André ‘Macaco’. Sua partida repentina deixa um vazio imenso em todos nós que tivemos a alegria de conviver com ele, compartilhar sua amizade, sua força, sua lealdade e o carinho que sempre demonstrou por todos ao seu redor.
Neste momento de grande tristeza, elevamos nossos pensamentos a Deus, pedindo que receba nosso irmão com amor e misericórdia, e que conceda força, conforto e união a todos os familiares, amigos e irmãos que hoje choram sua ausência.
Em breve informaremos todos os detalhes sobre velório e sepultamento, para que aqueles que desejarem prestar suas últimas homenagens possam se despedir com respeito e gratidão pela vida do André.
Que seu legado, sua alegria e sua presença marcante permaneçam vivos em nossas lembranças e em nossos corações. Que Deus nos ampare neste momento tão difícil.”
A Polícia Militar e demais autoridades devem seguir com a investigação para apurar as circunstâncias do disparo, da intervenção e da arma utilizada pelo torcedor.
A defesa do sargento envolvido no caso encaminhou a seguinte nota:
A defesa, representada pelo Dr. Caio Percival, lamenta profundamente a morte do diretor da torcida ocorrida após o episódio em Curitiba. Ao mesmo tempo, o advogado ressalta que, segundo a versão apresentada pelo policial militar, toda a ação se deu no estrito cumprimento do dever legal, diante de uma situação que teria representado ameaça real e iminente para as pessoas presentes.
O advogado afirma que portar arma ilegalmente e efetuar disparos “não é direito de ninguém” e reforça que “torcer exige responsabilidade”. Segundo a defesa, o contexto de euforia coletiva rapidamente se transformou em risco quando o diretor da torcida, de forma irresponsável, passou a apontar arma de fogo para terceiros e realizar disparos, colocando diversas pessoas em perigo.
De acordo com o advogado, o policial — que estava à paisana e também é torcedor — e neutralizou o risco. Ele foi submetido ao teste do bafômetro e permanece à disposição das autoridades. “Não se trata de reagir por impulso, mas de impedir uma tragédia ainda maior”, afirma a defesa.