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Dois dias depois de ser demitido do Fluminense, o técnico Fernando Diniz disse ainda estar “muito mexido” com sua saída do clube, onde estava desde maio de 2022. Demonstrando emoção, ele classificou sua segunda passagem pelo Fluminense com um “grande presente” na sua vida. “Foi como um casamento, se não foi perfeito, foi quase perfeito.”
“Sou tranquilo para entrevista, mas… (pausa) Eu estou muito mexido ainda com minha saída do Fluminense, por tudo que representou o Fluminense na minha carreira e tudo o que a gente viveu aqui”, afirmou o treinador de 50 anos que conquistou a Libertadores, a Recopa Sul-Americana e um Carioca goleando o Flamengo por 4 a 1 na final.
Diniz disse ter convocado a entrevista coletiva nesta quarta-feira principalmente para se despedir da torcida. “Sempre tive uma conexão grande com o clube e a torcida. Isso ninguém tira”, afirmou ele. “Estão sendo dias bem difíceis para digerir, mas certamente vai passar e ficar todo mundo bem.”
Após os títulos inéditos da Libertadores e da Recopa, o Fluminense ocupa a lanterna do Brasileiro com apenas 6 pontos em 11 rodadas e enfrenta nesta quinta-feira o Vitória sob comando de Marcão, auxiliar-técnico permanente do clube. “Peço desculpa pelo momento que a gente está passando, mas nunca faltou entrega e coragem para fazer as coisas”, afirmou Diniz.
Ele disse que sua saída não deve afetar o time e que acredita que o Fluminense vai conseguir superar a má fase. “O Marcão é um grande parceiro, tem capacidade para assumir e todo mundo vai ajudar. O time está muito bem treinado. Acho que o Fluminense vai fazer uma temporada boa.”
O técnico disse que não pretende assumir um novo clube agora, mas não descartou voltar a trabalhar ainda neste ano. “Não pretendo trabalhar imediatamente, mas não sei se vou trabalhar esse ano. Eu preciso descansar um pouco”, afirmou. “Estou muito mexido com o que aconteceu”, repetiu.
Por um breve intervalo em que comandou o Fluminense, Diniz acumulou a função de técnico interino da seleção brasileiro e disse que o sucesso do trabalho de renovação era “inexorável”. “Fiquei triste e não esperava a saída. Fui julgado por seis jogos. A chance de dar certo era inexorável”, disse ele, que acumulou duas vitórias, um empate e três derrotas na seleção.