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Dinheiro, presentes e viagens: como padre conquistava a confiança das vítimas no Paraná

Delegada detalha investigações contra padre acusado de abuso sexual em Cascavel
Imagem ilustrativa (Foto: Pixabay)
Delegada detalha investigações contra padre acusado de abuso sexual em Cascavel

Redação Nosso Dia

28/08/25
às
15:54

- Atualizado há 5 segundos

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A delegada Thais Regina Zanatta, titular do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), falou nesta quinta-feira (28) sobre o andamento das investigações que envolvem o padre Genivaldo Oliveira dos Santos, de 42 anos, acusado de abusar sexualmente de fiéis em Cascavel.

Segundo a polícia, já foram identificadas sete vítimas do padre e outras duas do arcebispo que faleceu em 2021. No caso do religioso já falecido, uma das denúncias foi confirmada e outra está em apuração.

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A delegada explicou que ainda será instaurado um inquérito policial referente a um boletim de ocorrência registrado em 2008. Na ocasião, uma criança de três anos, que frequentava uma creche de irmãos no bairro Guarujá, teria sido abusada. A vítima, hoje adulta, e a mãe serão chamadas para prestar depoimento, assim como testemunhas.

Outra denúncia envolve um ex-seminarista, também ex-usuário de drogas, que procurou a polícia inicialmente para relatar abusos sofridos pelo padre, mas acabou apontando também o arcebispo.

“Ele contou que dentro do seminário era comum que o falecido arcebispo aliciasse seminaristas, passando a mão pelo corpo e cometendo outros atos”, disse Zanatta.

Sobre o padre Genivaldo, a polícia já identificou que ele transferiu-se para Santa Lúcia, onde abusou de uma adolescente de 16 anos — na época, com 15 — após uma confissão. O ato mais recente de abuso teria ocorrido há apenas 15 dias, dentro da clínica mantida por ele em Cascavel.

De acordo com a delegada, o padre atraía as vítimas oferecendo dinheiro, presentes e viagens, criando uma relação de confiança e dependência, sobretudo entre adolescentes e usuários de drogas.

Até agora, a polícia já ouviu cerca de 19 pessoas. Outras 20 devem ser chamadas, incluindo testemunhas, declarantes, ex-seminaristas e padres que podem relatar como era a conduta dentro do seminário e indicar possíveis novas vítimas.

“As investigações sobre o arcebispo ainda são superficiais, mas serão aprofundadas. Já em relação ao padre, seguimos apurando os relatos e ouvindo as testemunhas”, concluiu a delegada.

As informações são da Catve.com.

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