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SEGURANÇA

“Deveria ter guinchado o ônibus”, diz delegado sobre mecânico indiciado pela morte de dono da Master Grill

Em entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (21), o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), explicou que laudo pericial apontou diversos problemas no ônibus que matou Lazário
Marcos Lazario morreu no acidente (Foto: Redes sociais)
Em entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (21), o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), explicou que laudo pericial apontou diversos problemas no ônibus que matou Lazário

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

21/05/25
às
13:40

- Atualizado há 17 segundos

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O mecânico que liberou o ônibus que matou o dono da churrascaria Master Grill, Marcos Lazário, de 49 anos, deveria ter guinchado o veículo após a vistoria no Centro de Curitiba. Como não fez isso ao verificar os problemas no freio, responderá por homicídio doloso.

Em entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (21), o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), explicou que laudo pericial apontou diversos problemas no ônibus que matou Lazário.

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“O mecânico, ao efetuar um reparo superficial no veículo, deixando de efetuar uma avaliação mais criteriosa, e permitindo que o veículo circulasse em uma via de grande movimentação aqui na cidade de Curitiba, assumiu o risco de causar o resultado. Entendemos que uma pessoa em sã consciência, naquele momento, deveria ter decidido por fechar o veículo e não autorizar que ele voltasse a circular, chamando o guincho”, destacou Santana

Por essas razões, o mecânico foi iniciado pela prática do crime de homicídio com dolo eventual e também por lesão corporal em relação às outras pessoas que foram feridas.

Ainda de acordo com Santana, o mecânico será o único indiciado pela Polícia Civil. “Em relação ao motorista do veículo, entendemos que ele não teve qualquer responsabilidade. Trabalhamos, nesse caso, com o princípio da confiança no parecer do mecânico. Em relação à empresa, nossa função aqui no âmbito criminal é responsabilizar criminalmente aquelas pessoas que contribuíram diretamente para a ocorrência do resultado final ou seja para a morte e para as lesões corporais que ocorreram. No entanto, nada impede que eventual falta de protocolo ou de seguir determinadas regras pela empresa, em relação a falhas no veículo, podem fazer com que sejam pleiteadas uma indenização”, explicou.

(Foto: Geovane Barreiro – Nosso Dia)

Por fim, o delegado explicou quais os próximos passos para o caso. “O inquérito foi devidamente concluído e relatado pela Polícia Civil. Já remetemos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. Agora, fica a cargo desses órgãos adotarem as providências legais. Nada impede que o MP, entendendo que há mais alguma diligência a ser realizada, retorne os autos para que a Polícia Civil possa realizar eventuais diligências complementares”, concluiu.

O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Iguaçu e Presidente Arthur Bernardes, no bairro Vila Izabel, próximo ao estabelecimento do empresário. Lazário teve o carro esmagado e não resistiu aos ferimentos.

O mecânico indiciado se envolveu em um acidente fatal em 12 de março deste ano. Embriagado, ele atropelou e matou um idoso, de 69 anos, no bairro Santa Quitéria, em Curitiba.

Filho de Marcos Lazário quer Justiça

Em uma cobrança por Justiça, o empresário Maicon Lazário, de 32 anos, conversou com o Portal Nosso Dia, no dia 24 de março deste ano, sobre o andamento das investigações sobre a morte do pai dele, Marcos Lazário, de 49 anos. O acidente aconteceu no dia 13 de dezembro de 2024 e, mais de quatro meses depois, a família ainda não tem respostas sobre a responsabilização dos envolvidos.

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