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‘Desextinção’? Startup diz ter recriado extinto lobo-terrível, estrela de ‘Game of Thrones’; entenda

Ao anunciar o nascimento de três filhotes, a startup Colossal Biosciences classificou o próprio feito como uma "desextinção"
Rômulo e Remo: dois dos três filhotes apresentados nesta segunda-feira. Foto: Colossal Biosciences
Ao anunciar o nascimento de três filhotes, a startup Colossal Biosciences classificou o próprio feito como uma "desextinção"

Estadão Conteúdo

08/04/25
às
7:46

- Atualizado há 5 dias

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Uma empresa de biotecnologia americana anunciou nesta segunda-feira, 7, ter recriado o lobo-terrível ou lobo-gigante (Aenocyon dirus), um animal extinto há cerca de 15 mil anos, durante o último período glacial. Para quem não está ligando o nome à fera, trata-se dos lobos da Casa de Stark, da série Game of Thrones, animais bem maiores que os lobos comuns e de densa pelagem branca.

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Ao anunciar o nascimento de três filhotes, a startup Colossal Biosciences classificou o próprio feito como uma “desextinção”; ou seja, eles teriam conseguido trazer de volta à vida uma espécie de animal extinta há milênios. Não é bem assim. Na verdade, a partir da análise do DNA dos lobos extintos, os geneticistas modificaram algumas regiões do DNA de lobos-cinza (os parentes vivos mais próximos do lobo-terrível) para criar filhotes com características semelhantes às do animal extinto.

Lobos-terríveis: a espécie extinta há cerca de 15 mil anos ficou famosa na série “Game of Thrones”; cientistas da Colossal Biosciences dizem ter recriado o animal. Foto: Colossal Biosciences

As imagens dos machos Rômulo e Remo (uma alusão aos fundadores de Roma que teriam sido amamentados por uma loba) e da fêmea Khaleesi (a rainha Daenerys Targaryen) foram divulgadas na manhã desta segunda-feira, 7. Os filhotes têm uma densa pelagem branca e, segundo seus criadores, devem alcançar o tamanho do lobo-gigante (que pesava até 70 quilos e era 25% maior do que o lobo comum, além de mais forte).

No caso específico dos lobinhos da Colossal, a equipe de geneticista trabalhou a partir do DNA obtido de dois indivíduos da espécie extinta, com 72 mil e 13 mil anos de idade, respectivamente, achados nos Estados Unidos. A partir desta análise, os cientistas selecionaram um conjunto de 20 modificações em 14 genes diferentes que garantiriam aos filhotes as características dos lobos extintos.

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