- Atualizado há 2 dias
Após casos de falta de água principalmente em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, a Sanepar afirmou, por meio da agência de notícias do Governo do Paraná, que houve um desequilíbrio entre a produção e a demanda de água. Segundo a empresa, isso se deve ao calor intenso, que favoreceu um maior consumo de água, com a repetição de banhos, mais usos da água para limpeza das casas, calçadas, carros e, principalmente, o uso de piscinas domésticas.
Conforme a Sanepar, a precipitação de chuvas de forma rápida e intensa, elevações de temperatura acima das médias históricas, com sensação térmica elevada, modificou a operação do sistema de abastecimento de água em várias cidades do Paraná.
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“Apesar dos investimentos frequentes e constantes na ampliação e na manutenção dos sistemas de abastecimento de água de todo Paraná, houve regiões em que os picos de elevação de consumo interferiram na operacionalização dos sistemas, provocando desequilíbrio entre a produção e a demanda de água. Ainda assim, na maior parte do Estado, os sistemas de produção e distribuição de água estão com operando dentro da normalidade”, disse a empresa.
Em algumas cidades do Estado, o consumo subiu mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Na Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, o volume de água produzida aumentou 33%. “Isso equivale a dizer que o consumo foi como se em um dia a população da cidade aumentasse repentinamente em 5,5 mil pessoas”, destaca o gerente-geral, Fábio Basso.
Em Curitiba, por exemplo, nos dias em que as temperaturas superaram os 30°, o aumento de consumo registrado foi cerca de 10% maior. Isto significa que em um único dia, o volume de água entregue pela Sanepar nas casas dos curitibanos foi de 105 milhões de litros por dia a mais que o normalmente distribuído.
“Isto provoca um grande impacto na capacidade de produção e nos equipamentos de bombeamento de água que trabalham no limite da capacidade operacional”, completa Basso.
A quantidade a mais de água distribuída seria suficiente para enfileirar 10.500 caminhões-pipa, com capacidade de 10m³, o que representa uma distância de mais 100 quilômetros.
Na região Noroeste, onde cidades como Paranavaí, Umuarama e Maringá, onde as temperaturas ficaram entre 35° e 37°, o aumento do consumo de água ficou, em média, 11% maior. Na região de Londrina (Norte) o consumo cresceu na última semana acima dos 20% em relação à média do ano passado.
“Com a temperatura acima da média e com a sensação térmica elevada, há uma relação de consumo maior que pode variar de 2 a 5% para cada grau de temperatura, isto acima dos 30 graus”, explica o gerente-geral de Londrina, Gil Gameiro. Ele diz ainda que além deste fator, a temperatura, principalmente à noite, e perdurando por vários dias, traz consequências aos sistemas de abastecimento de água.
“Mesmo trabalhando initerruptamente, os sistemas perdem os níveis de reservação, ficando críticos, o que impacta na manutenção da pressão nas redes de distribuição de água e que pode afetar o abastecimento em algumas regiões das cidades, especialmente, nas áreas mais altas e distantes”, acrescenta.
FAÇA A SUA PARTE – A população também pode ajudar a manter a regularidade do sistema, adotando hábitos de consumo inteligentes em sua rotina de uso da água tratada. E, mesmo nas atividades essenciais, buscar horários alternativos para realizá-las, sempre que possível, evitando a sobrecarga no sistema.
Algumas dicas que podem ser seguidas:
– Não utilizar água potável para diminuir a poeira das calçadas, nem varrer resíduos.
– Não usar a água tratada para lavagem de veículos.
– Não desperdiçar enchendo e esvaziando piscinas.
– Reduzir o número de lavagens de roupa, acumulando peças e usando a capacidade máxima da máquina de lavar.
– A água de lavagem e enxágue de roupas deve ser aproveitada para outras atividades, como lavagem de pisos, calçados, tapetes.
– Os banhos devem ser rápidos: apenas cinco minutos de chuveiro consomem de 70 a 100 litros de água, dependendo do modelo do aparelho.
– É preciso redobrar os cuidados com a hidratação: água tratada deve ser priorizada para consumo humano e de animais domésticos, na alimentação e na higiene.
– Ao lavar a louça, feche a cuba da pia, deixando um pouco de água. Ensaboe toda a louça e enxágue com água limpa. Não deixe a torneira aberta durante todo o tempo.
– Feche a torneira também enquanto escova os dentes, ensaboa as mãos ou faz a barba: torneira aberta manda para o ralo 20 litros de água por minuto.
– Prefira vasos sanitários menores, que utilizam menos água para a descarga.
– Nas caixas de descargas acopladas, coloque dentro uma garrafa PET de 1,5 ou 2 litros fechada, com água ou areia. Com isso, a cada descarga, há uma economia de 1,5 l ou 2l.
– Ao identificar qualquer possível vazamento de água na rede da Sanepar, entre em contato direta e primeiramente com a Companhia.