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Deputado quer CPI na Alep após confissão de corrupção de Traiano; oposição já assinou

Até o início da manhã desta quarta-feira (7), os oito deputados da oposição já assinaram o requerimento; são necessárias 18 para que o processo avance
Renato Freitas em entrevista ao Portal Nosso Dia (Foto: Geovane Barreiro - Banda B)
Até o início da manhã desta quarta-feira (7), os oito deputados da oposição já assinaram o requerimento; são necessárias 18 para que o processo avance

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

07/02/24
às
7:45

- Atualizado há 1 ano

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O deputado estadual Renato Freitas (PT) busca instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a confissão de corrupção do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano (PSD), e possíveis irregularidades em outras licitações da Casa. Até o início da manhã desta quarta-feira (7), os oito deputados da oposição já assinaram o requerimento; são necessárias 18 para que o processo avance.

Em entrevista ao Portal Nosso Dia, durante a sessão da Alep na tarde desta terça-feira (6), Freitas afirmou que a intenção não é criar um bode expiatório sobre Traiano, mas sim trazer mais transparência sobre os contratos de licitação da casa de Lei.

“Estou coletando assinaturas para conseguir um número suficiente para ter uma CPI sobre o ato de corrupção cometido, em tese, pelo Traiano, assim como outras licitações. Precisamos de mais de 20 assinaturas. Já assinaram os deputados da oposição. É preciso uma força por parte da população, porque eu sozinho posso não conseguir, porque há um apoio entre as partes que são do mesmo grupo político, A intenção não é apenas criar um bode expiatório sobre o Traiano, mas trazer mais transparência para esta casa”, afirmou.

Na mesma entrevista, Freitas lamentou o retorno do sigilo para o processo que envolve Traiano. “As instituições estruturalmente estão contaminadas pela corrupção. Falta transparência nelas. É fato de que o Tribunal de Contas é formado por parentes da elite paranaense, é fato de que o número de cargos comissionados é grande, são uma série de fatores”, opinou.

O caso

Traiano é o centro das atenções após serem divulgadas as informações sobre o processo em que ele confessou que pediu e recebeu propina de Vicente Malucelli, empresário que tinha um contrato de prestação de serviço com a Assembleia Legislativa. O deputado Renato Freitas representou contra Traiano no Conselho de Ética e uma definição para o prosseguimento ou não do caso, por uma possível quebra de decoro parlamentar, ficará para a Mesa Diretiva da Casa, a qual o parlamentar comanda.

O presidente da Alep, Ademar Traiano – Foto: Pedro de Oliveira/Alep

Volta do sigilo

A decisão da volta do sigilo ao caso foi tomada pelo desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que acatou os argumentos das defesas de Traiano e do ex-deputado Plauto Miró Guimarães, também citado no processo.

Foi anulada a decisão em 1° instância que tornou pública as provas do processo em que Traiano e Plauto admitiram ter recebido propina. Entre esta, há uma gravação de negociação de pagamentos entre Traiano e o empresário Vicente Malucelli.

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