PUBLICIDADE
Brasil /
POLÍTICA

Deputado do Novo diz ter sofrido ‘sapatênisfobia’; deputada afirma que faltou ‘interpretação’

Durante o bate-boca, a parlamentar chamou Gilson de representante do "bolsonarismo de sapatênis". A troca de farpas ocorreu durante a votação de um projeto de lei que cria medidas de educação contra desastres climáticos
Deputados discutem durante sessão na Câmara dos Deputados. Foto: Reproduçã[email protected]
Durante o bate-boca, a parlamentar chamou Gilson de representante do "bolsonarismo de sapatênis". A troca de farpas ocorreu durante a votação de um projeto de lei que cria medidas de educação contra desastres climáticos

Estadão Conteúdo

07/11/25
às
9:06

- Atualizado há 4 horas

Compartilhe:

O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) saiu em defesa dos sapatênis durante uma sessão na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 5, em meio a uma discussão com a deputada Duda Salabert (PDT-MG).

Durante o bate-boca, a parlamentar chamou Gilson de representante do “bolsonarismo de sapatênis”. A troca de farpas ocorreu durante a votação de um projeto de lei que cria medidas de educação contra desastres climáticos.

Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui

O embate começou após o partido Novo defender a retirada do termo “justiça climática” do texto do projeto. Marques argumentou que a proposta colocaria nas mãos do governo, por meio das diretrizes do Ministério da Educação (MEC), o poder de definir o ensino do conceito.

“Isso é só uma deixa, uma desculpa para colocar nas crianças, nas escolas, o que o governo quer. O que ele deseja que isso seja e, no fim das contas, é só colocar mais poder na caneta para ter mais atribuições e tirar mais dinheiro da população, com a justificativa de que está promovendo algo que ninguém sabe o que é: justiça climática”, declarou o deputado.

Em resposta, Duda Salabert, autora da proposta, rebateu afirmando que a educação está no centro das gestões e dos problemas climáticos.

“Olha que vergonha, o partido Novo, que é um ‘bolsonarismo de sapatênis’, quer retirar do texto a justiça climática. Não há justiça social sem justiça climática. Então, nós orientamos, sim, a manutenção do texto e deixamos claro o nosso repúdio a esse partido nanico chamado partido Novo”, disse a deputada.

Em seguida, Marques afirmou ter o direito de “usar qualquer calçado que desejar”, assim como, segundo ele, a parlamentar tem liberdade para fazer suas escolhas estéticas.

“A deputada que me antecedeu, a Duda, que é do partido do [Carlos] Lupi, escândalo dos roubos dos aposentados, criticou a escolha de alguns membros do Novo que supostamente usam sapatênis. Logo a Duda, que todos conhecem as escolhas estéticas que utiliza. Basta olhar as vestimentas dela para saber o quanto é positivo e o quanto é negativo. Eu quero usar qualquer calçado que eu desejar, assim como ela pode usar qualquer roupa que desejar”, afirmou.

Após a sessão, o parlamentar defendeu o calçado nas redes sociais e afirmou ter sido vítima de “sapatênisfobia”.

Em nova resposta, Duda Salabert afirmou que a fala foi mal interpretada por Gilson Marques.

“É uma metáfora, todo mundo sabe. Estou querendo dizer que o partido Novo é bolsonarista, só que com uma roupagem diferente, uma embalagem diferente, mais gourmet – um sapatênis. Foi uma ironia. Só que os deputados do partido Novo não entenderam a metáfora, não entenderam o sarcasmo e levaram a frase ao pé da letra, achando que eu estava criticando as pessoas que usam sapatênis”, rebateu a deputada.

TÁ SABENDO?

POLÍTICA

PUBLICIDADE
© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias