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Deputado chama ministra do STF de ‘bruxa’ e revolta bancada feminina da Alep

Em sua fala na tribuna, o parlamentar se referiu por diversas vezes à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), como “bruxa”
Mabel e deputado Ricardo Arruda (Fotos: Divulgação)
Em sua fala na tribuna, o parlamentar se referiu por diversas vezes à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), como “bruxa”

Luiz Henrique de Oliveira

17/09/25
às
7:09

- Atualizado há 1 minuto

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Um discurso do deputado estadual Ricardo Arruda (PL), durante a sessão desta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), gerou forte reação da bancada feminina da Casa. Em sua fala na tribuna, o parlamentar se referiu por diversas vezes à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), como “bruxa”.

A declaração provocou protestos imediatos das deputadas Cristina Silvestre (PP), Luciana Rafagnin (PT), Ana Júlia (PT) e Mabel Canto (PP). A reação mais incisiva veio de Mabel, que além de responder a Arruda em plenário, é líder da bancada feminina no Legislativo estadual.

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Assista ao momento de uma discussão entre Arruda e Mabel após uma das falas do deputado:

Após a sessão, a bancada feminina divulgou nota informando que irá protocolar uma denúncia contra Ricardo Arruda no Conselho de Ética da Alep. Segundo Mabel Canto, expressões como a utilizada pelo deputado são recorrentes em seus discursos e precisam ser combatidas dentro e fora do parlamento. Ela classificou a fala contra a ministra Cármen Lúcia e as próprias deputadas como violência política de gênero.

“A deputada estadual Mabel Canto (PP), líder da bancada feminina na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), por meio de nota, informa que juntamente com outras parlamentares que compõem a bancada irão protocolar denúncia contra o deputado Ricardo Arruda (PL) ao Conselho de Ética da Casa. A deputada ressalta que declarações como a proferida na sessão da Assembleia Legislativa dessa terça-feira (16) são recorrentes por parte do parlamentar e que esse tipo de discurso deve ser combatido dentro e fora da ALEP. Mabel ainda classificou as declarações contra a ministra Cármen Lúcia e contra as deputadas como violência política de gênero”, diz a nota,.

Em contraponto, Ricardo Arruda também divulgou nota na qual afirma que sua declaração não teve caráter de ataque pessoal ou sexista. Segundo o parlamentar, o termo “bruxa” foi usado em “tom figurado”, no sentido popular de alguém “astuto e incoerente”. Ele acrescentou que, em sua visão, a reação da deputada Mabel Canto transformou uma crítica política em “espetáculo” e destacou que “o parlamento é feito de debates firmes, e não de exageros”.

O episódio reforçou a tensão entre parlamentares na Alep e abriu mais um embate em torno dos limites do discurso político e do respeito à representação feminina no Legislativo.

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