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A defesa da família Brittes, representada pelo escritório do advogado Elias Mattar Assad, afirmou que vai recorrer da decisão do Tribunal do Júri que condenou Edison Brittes a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão e da determinação do juiz pela prisão imediata de Alllana Brites, condenada a seis anos e seis meses e seis dias de detenção. Eles foram julgados no caso envolvendo a morte do jogador Daniel Correia, que aconteceu em 27 de outubro de 2018.
Além das penas da pai e filha, determinadas nesta quarta-feira (20) após decisão dos sete jurados do Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a mãe e esposa Cristiana Brittes foi condenada a seis meses de detenção e um ano de reclusão, em regime aberto. (Confira abaixo aos detalhes das decisões do júri para os sete réus)
"A defesa da família Brittes informa que vai recorrer, com a finalidade de anular o júri, diante diversas nulidades ocorridas no curso do julgamento e, alternativamente, para revisão do cálculo da pena aplicada ao acusado Édison Brittes. Dos cinco acusados pelo homicídio, quatro foram absolvidos. Quanto a pena aplicada para Alana Brittes, além de exagerada, não autorizaria prisão", diz a nota divulgada pela defesa.
No mesmo julgamento, eram outros seis réus, confira as penas para todos os envolvidos:
Edson Brittes:
42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão em regime fechado e dois anos um mês e oito dias em regime aberto pelos seguintes crimes: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vitima); ocultação de cadáver; fraude processual; corrupção de menores e coação ao curso do processo.
Cristiana Rodrigues Brittes:
Condenada por fraude processual e corrupção de menores: pena de seis meses de detenção e um ano de reclusão (regime aberto). Absolvida de homicídio qualificado e coação no curso de processo.
Allana Emilly Brittes:
Condenada por fraude processual, corrupção de menores e coação do curso do processo: pena de seis anos, cinco meses e seis dias de reclusão (regime fechado). Foi determinada a prisão dela.
Evellyn Brisola Perusso:
Absolvida da acusação de fraude processual.
David Willian Vollero Silva:
Absolvido do crime de homicídio, fraude processual e ocultação de cadáver.
Ygor King
Absolvido do crime de homicídio, fraude processual e ocultação de cadáver;
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva
Absolvido do crime de homicídio, fraude processual e ocultação de cadáver.
O crime
Daniel foi agredido na casa dos Brittes, colocado no porta-malas de um carro e levado até a zona rural de São José dos Pinhais, onde foi degolado e teve o órgão genital cortado. Brittes confessou o crime e alegou forte emoção, por ter encontrado Daniel no quarto da esposa.
Antes de ser agredido, o jogador enviou uma foto deitado ao lado de Cristiana para um amigo. Segundo a Polícia Civil, não foi configurado que houve estupro por parte do jogador. Os envolvidos no crime, dois dias após o assassinato, se reuniram em um shopping em São José dos Pinhais para coagir testemunhas.
Atualmente, permanecem presos Eduardo Henrique, que em 2019 conseguiu liberdade provisória, mas foi detido em flagrante por roubo, e Edison Brittes Junior, que está preso desde a época do assassinato.