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Defesa de farmacêutica diz que influencer só concluiu curso de peeling após morte de empresário

Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, Natália busca em Daniele um álibi e, se tivesse seguido as orientações do curso, a fatalidade não teria acontecido
Daniele Stuart e o advogado Jeffrey Chiquini (Foto: Geovane Barreiro - Nosso Dia)
Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, Natália busca em Daniele um álibi e, se tivesse seguido as orientações do curso, a fatalidade não teria acontecido

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

12/06/24
às
6:32

- Atualizado há 6 meses

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A defesa da farmacêutica de Curitiba, Daniele Stuart, afirmou em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (11), que a influencer Natália Becker completou o curso de peeling de fenol apenas após a morte do empresário Henrique Chagas, que aconteceu na clínica dela. Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, Natália busca em Daniele um álibi e, se tivesse seguido as orientações do curso, a fatalidade não teria acontecido.

“Ela conclui o curso três dias após a morte da vítima. A plataforma mostra que concluiu o curso somente no dia 8 de junho. É um curso de 6 horas. Se tivesse seguido o protocolo, isso não teria acontecido. O procedimento feito por ela não condiz com o curso”, disse o advogado. Ao Portal g1PR, a defesa de Natália negou as declarações e disse que apenas o certificado foi emitido no dia 8, mas que o curso tinha sido realizado em junho de 2023.

Na entrevista, Chiquini fez questão de destacar que Daniele é habilitada para ministrar o curso, que é livre e conceitual, portanto permitido pela legislação. “Ela é habilitada para atuar na área. Injusto e precipitado vinculá-la com o caso. Não há vínculo com aquela vítima. A Natália não seguiu o protocolo da doutora Daniele. Quem não possui habilitação é a Natalia. A Natália não foi aluna da Danielle. Ela concluiu o curso após data dos fatos para ter um álibi. Usou o nome da Danielle para ter um álibi”, enfatizou

Daniele é alvo de investigação da Polícia Civil de São Paulo por ter ministrado o curso para Natália. Segundo a polícia, a investigação é para saber se Daniele, ao ensinar a técnica de peeling, exerceu ilegalmente a profissão de medicina. Chiquini defendeu que o curso é ‘conceitual’ e não especializante, levando a pessoa a entender como o procedimento funciona. Ainda, salientou que a plataforma questiona se o interessado tem a formação acadêmica permitida para a realização da aplicação.

“Nós vamos prestar esclarecimentos e contribuir com as investigações, em respeito à vítima. Natália é culpada, errou, não era habilitada e desobedeceu o protocolo. A Danielle é uma profissional respeitada e habilitada, com mais de três mil alunos e sem reclamação em conselho de classe. Agora, é injustamente vinculada ao caso”, concluiu.

O caso

Chagas morreu no último dia 3, após realizar procedimento estético chamado peeling de fenol em uma clínica na capital paulista. O namorado dele disse em depoimento que Chagas queria limpar manchas na pele e vinha pesquisando havia alguns meses sobre a técnica.

Natália Becker prestou depoimento à polícia dois dias depois do caso, na última quarta, 5. Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando não há a intenção de matar.

Empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu depois de fazer procedimento estético na clínica de Natalia Becker Foto: Reprodução/Facebook e Rick Chagas e Reprodução/Facebook/Studio Natalia Becker

O marido dela, que também é sócio da clínica, disse à polícia que o peeling de fenol é um procedimento simples e que não exige exames prévios. O preparo, segundo ele, acontece no dia, com a limpeza do rosto e aplicação de anestésico antes do fenol. Por ser ácida, a substância provoca descamação da pele.

“A polícia entende, neste momento, que foi cometido o crime de homicídio doloso, não pelo fato de a autora ter tido vontade do resultado, mas por ter aceitado o risco de ter produzido a morte”, disse o delegado Eduardo Luiz Ferreira. A defesa de Natália diz que aguarda o laudo dos exames que determinarão a causa da morte do empresário.

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