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Decidido! Se pagamento não cair, transporte coletivo para em Curitiba a partir de quinta

Embora três empresas não tenham efetuado o pagamento, greve deverá parar todo o sistema, conforme o Sindimoc
Embora três empresas não tenham efetuado o pagamento, greve deverá parar todo o sistema, conforme o Sindimoc

Luiz Henrique de Oliveira

09/05/22
às
8:06

- Atualizado há 3 anos

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Os trabalhadores das empresas de ônibus de Curitiba decidiram, no início da manhã desta segunda-feira (9), abrir indicativo de greve que pode parar o transporte coletivo a partir de quinta-feira (12). Embora três empresas estejam com os salários atrasados, a greve, se consumada, afetará todas as que operam na capital, de acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).

Greve está marcada para próxima quinta-feira (Foto: Pedro Ribas SMCS)

A decisão por parar todo o sistema no caso do não pagamento dos salários atrasados de abril se dá pela situação dramática que os trabalhadores estão passando, segundo Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc.

“É uma situação de atrasos recorrentes há dois anos e isso não se define. Um mês é uma empresa e no seguinte é outra. Decidimos por uma greve geral para dar um basta e, se precisar, nenhum ônibus vai sair da garagem na quinta em Curitiba”, destacou Teixeira ao Portal Nosso Dia.

As empresas CCD, Tamandaré e Glória, que operam em Curitiba, não efetuaram o pagamento de abril, mesmo após acordo na Superintendência Regional do Trabalho.

Atrasos

As assembleias atrasaram as saídas de ônibus de Curitiba nesta segunda-feira, especialmente das linhas urbanas.

Empresas e URBS

Sobre a paralisação, a Setransp (Sindicato das Empresas) enviou a seguinte nota:

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) informa que, por conta de alguns atrasos nos repasses a serem realizados pela Urbanização de Curitiba (Urbs), algumas operadoras estão com atrasos pontuais em relação ao pagamento de salários dos colaboradores. Esperamos que a situação seja regularizada por parte da URBS até o início da semana, para que os pagamentos possam ser realizados.

A URBS, por sua vez, afirmou que aguarda repasse do Governo do Estado e da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Confira a nota:

A Urbanização de Curitiba (Urbs) aguarda a aprovação, pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC), do projeto de suplementação orçamentária de R$ 174 milhões, que será usado, em sua maior parte, para fazer frente ao déficit do sistema em 2022. O município também aguarda o repasse de subsídio ao transporte coletivo por meio do convênio com o Governo do Estado, o que deve ocorrer até meados da semana.

A Urbs reitera que tem feito esforços para acelerar os dois projetos e assim evitar atrasos nos repasses às empresas por conta do déficit financeiro no sistema. O transporte coletivo prevê um déficit de R$ 154 milhões em 2022, gerado pela diferença entre a tarifa técnica – que é a efetivamente paga às empresas – e a social, paga pelo usuário, de R$ 5,50. A diferença é coberta por subsídio do poder público. A tarifa técnica, em abril, foi de R$ 7.


A empresa também ressalta que o transporte coletivo é um serviço essencial, vital para o deslocamento de milhares de pessoas todos os dias na capital e a redistribuição de linhas entre empresas em caso de greve é uma prerrogativa de contrato e também uma forma de preservar o usuário deles ônibus da capital.

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