Luccas Abagge, condenado a 121 anos de prisão no Paraná e recapturado em junho deste ano na fronteira com o Paraguai, fugiu na madrugada deste sábado (3) do maior presídio de Mato Grosso do Sul (MS), a Penitenciária Estadual de Dourados. É mais uma fuga para o histórico de Luccas, que é filho de Beatriz Abbage, conhecida nacionalmente pelo 'Caso Evandro', em Guaratuba, no Litoral do Paraná.

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Luccas Abagge fugiu de novo da cadeia (Foto: Divulgação Polícia Civil)

Conforme o Portal Campo Grande News, Luccas usou uma corta artesanal feita com pedaços de panos, passou por dois alambrados e escalou a muralha do presídio. Uma barra de ferro pontiaguda foi cravada no chão para que a corda fosse prendida. Ainda de acordo com a reportagem, ele fugiu dias antes de ser transferido para um presídio em Campo Grande, capital do MS, que teria maior segurança.

Ele estava preso desde junho, ao entrar no Brasil por Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, utilizando documentos falsos com o nome de Evandro Oliveira Ribeiro.

Histórico de prisões e fugas

O primeiro registro criminal de Luccas consta de 2013, quando teria fugido do 9° Distrito Policial de Curitiba, após ser acusado de sequestro relâmpago. Dois anos depois, matou o adolescente Matheus de Godoy Bueno, de 16 anos, após suposta briga de bar. No ano seguinte, o acusado foge da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, e acaba envolvido na morte de Erivelton Júlio de Carvalho.

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Condenado pelos dois homicídios, com penas que somadas ultrapassam 80 anos, Luccas agora estava preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a última fuga dele aconteceu em 27 de abril.

Filho de Beatriz Abagge

Coincidentemente, Evandro é um nome que remete à mãe de Luccas, Beatriz Abagge. Em 1992, ela foi acusada de ter matado Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, durante suposto ritual de magia negra em Guaratuba, no Litoral.

Novas provas, porém, confirmam que ela foi torturada para confessar o crime. Recentemente, o Governo do Paraná pediu desculpas a ela e também para a avó de Luccas, Celina Abagge, pela forma com que o Estado agiu na ocasião.

Beatriz, atualmente, aguarda a revisão criminal da condenação ocorrida em 2011.

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