- Atualizado há 1 mês
Após a polêmica da camiseta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) usada pela vereadora Vanda de Assis (PT) durante sessão da Câmara Municipal da última terça-feira (4), novamente o tema veio à tona na Casa de Leis, desta vez nos trabalhos desta quarta-feira (5). O debate ríspido entre os vereadores aconteceu após a vereadora Professora Angela (PSOL) trazer uma proposta de homenagem ao movimento.
A proposta foi trazida pela vereadora psolista em alusão aos 41 anos do MST, mas enfrenta resistência de parte dos parlamentares. Até o momento, somente Angela e Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) manifestaram-se em apoio à homenagem, enquanto dez vereadores fizeram falas contrárias ao requerimento.
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“O MST completou 41 anos no último dia 24 de janeiro. É um importante movimento social, que nasceu em Cascavel [PR], e defende a justiça social, a reforma agrária e a soberania alimentar. Os assentamentos do MST são responsáveis por uma parcela significativa da produção de alimentos orgânicos e agroecológicos no país”, destacou a Professora Angela. Giorgia Prates lembrou da atuação do MST durante a pandemia de covid-19, quando a organização “distribuiu mais de 7 mil toneladas de alimentos”.
As falas contrárias à homenagem ao MST foram feitas, em ordem, por João Bettega (União), Eder Borges (PL), Pier Petruzziello (PP), Bruno Secco (PMB), Olimpio Araujo Junior (PL), Sargento Tânia Guerreiro (Pode), Sidnei Toaldo (PRD), Renan Ceschin (Pode), Da Costa (União) e Guilherme Kilter (Novo). Eles se referiram ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra como “organização terrorista”, “praga dos campos”, “organização criminosa”, “erva-daninha” e “oportunistas”. “Não podemos banalizar [os votos de congratulações]”, disse Bettega, que liderou a oposição ao requerimento.
A votação da homenagem ao MST será retomada na próxima segunda-feira (10), após as votações da Ordem do Dia.