- Atualizado há 7 minutos
Três carros de alto valor, entre eles uma Ferrari, e vários relógios de luxo, incluindo modelos da marca Rolex, foram apreendidos pela Polícia Federal durante uma nova fase da Operação Mafiusi, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16) nos estados do Paraná e de São Paulo. No Paraná, as ações se concentraram em Curitiba e Maringá e tiveram como foco o núcleo financeiro de uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas.
Segundo a PF, parte dos valores ilícitos teria sido usada na compra de um time de futebol por meio de um laranja com antecedentes criminais. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e o sequestro de imóveis dos investigados, totalizando cerca de R$ 13,89 milhões.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Maringá, São Paulo, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires, Peruíbe e Jardinópolis. As ordens judiciais foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba.(Confira no decorrer da reportagem foto dos veículos e relógios apreendidos)
De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado era responsável por movimentar, contabilizar e lavar o dinheiro obtido com o tráfico, operando com uma ampla rede de pessoas físicas, empresas de fachada e fintechs. O esquema incluía o uso de câmbio paralelo, conhecido como “dólar-cabo”, movimentação de grandes quantias em espécie e emissão de documentos falsos para simular contratos de locação de veículos e máquinas, com o objetivo de disfarçar a origem ilícita dos valores.
As investigações que levaram a esta nova fase são um desdobramento da primeira etapa da Operação Mafiusi, deflagrada em dezembro de 2024. A análise do material apreendido anteriormente revelou um esquema financeiro estruturado, com fortes indícios de continuidade nas remessas de cocaína para o exterior.
A PF afirma que o grupo mantém ligação com a alta cúpula de uma facção criminosa paulista e utilizava parte dos lucros do tráfico para investir em negócios de fachada e bens de luxo, numa tentativa de legitimar o patrimônio acumulado de forma ilícita.
Assista ao vídeo da Ferrari apreendida pela PF: