- Atualizado há 2 meses
Curitiba chegou a 503 casos de Hepatite A entre janeiro e 13 de setembro deste ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A cidade vive um surto da doença, que já teve cinco mortes e dois transplantes de fígados realizados.
Conforme a SMS, na semana de 6 a 13 de setembro foram 11 noves casos da doença, além da confirmação do transplante hepático de uma paciente de 32 anos. Entre os contaminados, 369 são homens (74,3%) e 134 mulheres (26,7%).
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Ainda de acordo com a Prefeitura de Curitiba, 59% dos casos (297) precisaram de internanmento, com 2,5% deles (13) com necessidade de ida à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O foco principal da transmissão se refere a práticas sexuais, o que reforça a necessidade de atenção à prevenção. “A principal forma de prevenção é a higiene, tanto na lavagem das mãos com água e sabão antes de comer e depois de ir ao banheiro, como nas práticas sexuais, que precisam de cuidados de higiene e também devem ser protegidas”, alerta o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.
Entre os sintomas mais frequentes, relatados pelas pessoas que responderam ao inquérito da epidemiologia, estão a falta de apetite, mal-estar geral, enjoo, febre e fadiga, além da evolução para olhos e pele amarelados, urina escura e fezes esbranquiçadas.
“Os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de muitas viroses. Para o diagnóstico diferencial, é essencial que a pessoa procure atendimento de saúde”, explica Oliveira.
Com sintomas leves, é possível buscar atendimento pela Central Saúde Já – 3350-9000. Depois de classificação de risco, realizada por um profissional de saúde da Central, poderá ser realizada uma consulta médica por telefone ou vídeo, através do aplicativo Saúde Já Curitiba. Se necessário, o médico vai solicitar exames complementares em uma unidade de saúde ou ainda, se o caso for grave, vai encaminhar o paciente para atendimento em uma UPA de Curitiba.
No Sistema Único de Saúde (SUS) existe vacina contra a Hepatite A no calendário vacinal das crianças e também para públicos específicos, como pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados, doadores de órgãos sólidos e alguns casos de imunossupressão. Quem já foi imunizado na infância está protegido contra a doença, assim como quem já contraiu o vírus A da Hepatite. Para os demais públicos, esse imunizante está disponível em clínicas privadas.
Além da vacinação, o ideal é prestar atenção às formas de prevenção da Hepatite A.