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Curitiba já teve 54 acidentes com aranha-marrom em 2025; saiba como evitá-los

Em 2024, a SMS contabilizou 665 casos
Como evitar acidentes com aranha-marrom. Curitiba, Arquivo. Foto: Rogério Machado
Em 2024, a SMS contabilizou 665 casos

Redação*

19/02/25
às
16:26

- Atualizado há 3 meses

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Em 2025, já foram notificados 54 acidentes com aranha-marrom em Curitiba, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Nos últimos anos, a capital tem registrado redução nos casos, resultado da conscientização da população e da capacitação das equipes de saúde. Enquanto no início dos anos 2000 a média era de 3 mil casos anuais, em 2023, foram registradas cerca de mil ocorrências de acidentes com aranha-marrom.

Em 2024, a SMS contabilizou 665 casos. Os dados de 2024 e 2025 são preliminares, atualizados a partir das notificações registradas no sistema do Ministério da Saúde até o início de fevereiro deste ano, e ainda podem ter alterações.

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Nos dias quentes, os acidentes com a aranha-marrom tendem a aumentar, especialmente no Sul do Brasil, que historicamente concentra o maior número de casos no país. Entre 2017 e 2021, a região respondeu por quase 54% dos registros. E o Paraná teve 26% desse total. Por isso, apesar de uma redução dos acidentes em Curitiba nos último anos, é importante redobrar os cuidados durante o verão.

A picada da aranha-marrom é praticamente indolor no início, mas os sintomas começam a se manifestar após cerca de seis horas. Entre os sinais mais comuns estão ardor, inchaço e vermelhidão no local afetado. Nos casos mais graves, a lesão pode evoluir para necrose e exigir um longo período de cicatrização, podendo até demandar enxerto de pele.

A maioria dos casos, cerca de 85%, são leves e tratados com antialérgicos ou corticoides. Apenas de 3% a 5% das ocorrências evoluem para quadros graves que necessitam do soro antiaracnídico.

“Independentemente da gravidade, os sintomas iniciais são sempre os mesmos. Ao perceber a picada, é importante procurar atendimento em uma unidade de saúde ou ainda ligar para a Central Saúde Já – 3350-9000”, orienta Alcides.

Central Saúde Já 3350-9000 atende de segunda à sexta das 7h às 22h e nos finais de semana, das 8h às 20h. O atendimento telefônico é feito por profissionais de saúde e, se necessário, poderá ser feita uma videoconsulta com médico da central pelo aplicativo Saúde Já Curitiba.

Pequena, discreta e perigosa

A aranha-marrom é um aracnídeo de pequeno porte, medindo entre 3 e 4 cm, com pernas longas e finas e abdome arredondado. Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular como “lençol” ou “algodão esfiapado”. É encontrada com frequência dentro de residências, especialmente em armários, atrás de quadros e em objetos pouco manuseados. Também pode se esconder em telhas, tijolos, madeiras, atrás de móveis e em locais de baixa iluminação. No período de verão, elas saem de seus esconderijos para caçar e acasalar, quando podem ocorrer mais acidentes.

Segundo o médico Alcides de Oliveira, a aranha-marrom não é agressiva e, geralmente, os acidentes ocorrem quando ela é pressionada contra o corpo, como ao vestir uma roupa ou calçar um sapato onde o animal se alojou.

O que fazer em caso de picada

Caso seja picado por uma aranha-marrom, a SMS orienta:

  • Lavar bem o local da picada com água e sabão;
  • Procurar atendimento em uma Unidade de Saúde ou ligar para a Central Saúde Já – 3350-9000
  • Se possível, levar o aracnídeo para identificação ou fotografar a aranha.

As 109 unidades de saúde do município estão preparadas para avaliar a gravidade do caso e indicar o tratamento adequado. O soro antiaracnídico é indicado apenas para os casos graves que evoluem até 36 horas após a picada.

O que evitar

  • Espremer a lesão;
  • Aplicar remédios caseiros sem orientação médica;
  • Se expor ao sol, tomar banhos quentes, calor e praticar atividades físicas.

Como manter sua casa segura

Para reduzir o risco de encontrar aranhas-marrons em casa, algumas medidas de prevenção são importantes:

  • Manter a limpeza, usando aspirador de pó, se possível, atrás de móveis e quadros;
  • Sacudir roupas e calçados antes de usá-los;
  • Arejar bem os cômodos e evitar acúmulo de materiais no quintal;
  • Evitar entulhos de madeira, telhas e materiais de construção;
  • Não utilizar venenos, pois podem eliminar predadores naturais das aranhas;
  • Preservar lagartixas, que são predadoras naturais das aranhas e ajudam a controlar a população desses aracnídeos;
  • Examinar roupas e sapatos guardados por muito tempo;
  • Utilizar luvas e calçados fechados ao manusear materiais guardados há muito tempo;
  • Fechar buracos em paredes, forros e rodapés que possam servir de esconderijo para aranhas.

A prevenção é a melhor forma de evitar acidentes. Com medidas simples, é possível garantir mais segurança para toda a família durante o verão.

*Com informações da Prefeitura de Curitiba

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