- Atualizado há 6 horas
O prefeito Eduardo Pimentel encerrou, nesta quinta-feira (30/1), a missão do KfW Bankengruppe, o banco de desenvolvimento alemão. A solenidade ocorreu no gabinete do prefeito na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), em um encontro com lideranças do executivo e representantes da instituição.
Durante duas semanas, especialistas financeiros, sociais e ambientais realizaram uma imersão na estrutura institucional do município para definir os detalhes do financiamento para o programa Curitiba Carbono Neutro. Os investimentos de €$ 100 milhões serão usados para a compra de 84 ônibus elétricos, construção de dois eletropostos, instalação de painéis fotovoltaicos em 27 equipamentos públicos e a implementação da segunda fase da Pirâmide Solar do Caximba.
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A operação de crédito foi autorizada pelo governo federal em setembro de 2024 e ainda prevê €$ 25 milhões em contrapartidas da Prefeitura de Curitiba. Há ainda o pleito para a doação de €$ 1,5 milhão para ações complementares de suporte ao projeto de descarbonização do município.
“É uma parceria importante para a cidade e a atual gestão está empenhada em fazer acontecer, combinando o programa Curitiba Carbono Neutro com a concessão do transporte coletivo e todas as outras iniciativas para superarmos as adversidades climáticas”, disse o prefeito Eduardo Pimentel.
O programa Curitiba Carbono Zero faz parte da estratégia do município de reduzir a emissão de poluentes e combater as mudanças climáticas, por meio da mudança de matriz energética do transporte coletivo e a produção de energia limpa. Os novos ônibus elétricos serão usados para a eletrificação total das linhas do Interbairros II e das que circulam no eixo Leste/Oeste. Os painéis fotovoltaicos e a ampliação da Pirâmide Solar vão contribuir para a autossuficiência energética dos equipamentos públicos.
A fase preparatória para a contratação do empréstimo precisa esgotar todos os aspectos financeiros, econômicos, sociais e ambientais do programa. “A proposta de financiamento precisa ser aprovada pelo banco e, também, pelo governo alemão. E esse processo exige o detalhamento de todo o investimento, como suas aplicações, impactos e benefícios. A partir dessa análise, o banco submete a proposta ao ministério de cooperação alemã”, explicou Luís Abalo, gerente de portfólio para América Latina.
Esta é a primeira operação de crédito direta do KfW com uma prefeitura brasileira. “O planejamento de Curitiba é um dos pontos fortes no trabalho que estamos desenvolvendo aqui, pelo nível de competência técnica”, avaliou Abalo.
Durante a missão, além de Abalo, os executivos Sebastian Ebert, especialista técnico para Brasil e Índia; Fabrício Pietrobelli, gerente de projetos no Brasil e Claudia Levy, especialista técnica em Análise de Critérios Ambientais e Sociais, receberam informações sobre a estrutura institucional da prefeitura, e entenderam os critérios de aplicação dos recursos, além da experiência na gestão de financiamentos multilaterais do município. Curitiba tem hoje três contratos internacionais em execução.
Um dos maiores desafios para a estruturação do processo de financiamento da KfW são os cronogramas de execução, uma vez que muitas questões estão atreladas à modelagem da nova concessão de transporte coletivo, que está sendo finalizada pelo município e será realizada neste ano.
Além das discussões estruturais e de arranjos institucionais para o atendimento do contrato, os especialistas do KfW conheceram as áreas estudadas para a instalação dos eletroterminais, o terreno da ampliação da Pirâmide Solar do Caximba e pontos de instalação de painéis fotovoltaicos. Nas próximas semanas, serão retomadas discussões de refinamento de questões contratuais e o andamento da documentação técnica. A previsão é que, até maio, o banco sinalize com a aprovação do financiamento e que o contrato seja assinado no primeiro semestre do ano que vem.
Participaram do encerramento da missão Marcelo Fachinello, secretário do Governo Municipal; Marilza Dias, secretária municipal do Meio Ambiente; Luiz Fernando Jamur, secretário municipal de Obras Públicas; Ogeny Maia Neto, presidente da Urbs; Ana Zornig Jayme, presidente do Ippuc e Rodolpho Zannin Feijó, chefe das Relações Internacionais de Curitiba.
*Com informações da SMCS
