A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) pode ganhar, nos próximos anos, uma agência única para gerir o transporte coletivo. O protocolo de intenções foi assinado nesta quarta-feira (29) e envolveu União, Governo do Estado e Prefeitura de Curitiba. Entre as melhorias, o novo modelo poderia garantir uma integração total do sistema, além da garantia de único cartão-transporte para a população.

O protocolo foi firmado por meio dos ministérios do Desenvolvimento Regional e Economia. Se colocado em prática, a nova agência assumiria a maior parte dos trabalhos hoje desenvolvidos por Urbs (Urbanização de Curitiba) e Comec (Coordenação da Região Metropolitana).

Para o diretor-presidente da Comec, Gilson Santos, a criação da agência reduzirá custos que hoje existem com operações separadas.

“Ela dará mais agilidade na gestão e integração do sistema e possibilitará a utilização de um único cartão-transporte, trazendo diversos benefícios para a população”, diz.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, a gestão compartilhada da mobilidade urbana nas regiões metropolitanas é um dos pontos que estão sendo discutidos dentro do processo de construção de um marco legal para o transporte público.

“A questão do transporte metropolitano é importantíssima para o Brasil e temos que avançar nessa temática. Já estamos construindo uma proposta de um marco legal que contempla a mobilidade nas regiões metropolitanas. Assinar esse protocolo é uma oportunidade de avançarmos na gestão compartilhada e o Ministério poder ampliar isso para outras regiões metropolitanas do País”, afirma o ministro Daniel Ferreira.

Curitiba foi escolhida para o projeto-piloto em razão da proximidade para o fim da atual concessão.

“É um grande debate que ganha o Governo Federal como um aliado importante para aprimorar o sistema público de transporte da Região Metropolitana”, disse Gilson Santos.

Para o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, o encontro “fortalece os rumos do desenvolvimento da capital paranaense e dos municípios metropolitanos”.