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O Painel da Dengue da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, atualizado nesta quarta-feira (19/6), mostra que a capital paranaense registrou 758 novos casos e três óbitos pela doença. As mortes ocorreram em abril e início de maio, mas estavam em investigação, por isso só foram divulgadas neste momento.

A SMS alerta sobre a necessidade de toda a população reforçar os cuidados para evitar os criadouros do mosquito, mesmo durante o outono e inverno.

Os novos óbitos registrados neste boletim referem-se a dois homens, de 59 anos e 64 anos; e uma mulher de 91 anos. Todos tinham comorbidades.

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Duas das vítimas foram de casos autóctones de dengue (contaminação no município de residência) – elas eram moradoras do distrito sanitário do Boa Vista e do Portão. A outra vítima é referente a um caso importado (contaminação ocorreu fora de Curitiba).

Além destas três novas mortes por dengue, Curitiba já havia registrado anteriormente outros quatro óbitos pela doença em 2024, sendo um bebê de 9 meses sem comorbidades (caso autóctone) e três mulheres, com 49 anos (sem comorbidades, caso importado), 75 anos (com comorbidade, caso autóctone) e 79 anos (com comorbidade, caso autóctone).

“A dengue é uma doença séria, que pode evoluir para a forma grave. Por isso, nosso alerta para a população é para que todos façam a sua parte e cuidem do seu quintal. Temos trabalhado incansavelmente com mutirões, mas eles não serão eficazes se não houver a contribuição de cada cidadão em cuidar do seu espaço”, alerta a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Balanço

Curitiba já contabiliza 13.414 casos de dengue em 2024. Do total, 758 são novos casos divulgados no boletim desta quarta-feira (19/6) – sendo 44 referentes a notificações da última semana e o restante referentes a casos de semanas anteriores, mas que tiveram a investigação concluída apenas agora.

O Tatuquara é o distrito sanitário mais afetado, com 2.895 casos. Na sequência estão o Cajuru (2.547), CIC (1.869), Bairro Novo (1.370), Boa Vista (1.306), Boqueirão (1.062), Portão (714), Matriz (598), Pinheirinho (576) e Santa Felicidade (477).

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Nesta quarta-feira (19/6), Curitiba tem sete pacientes com confirmação de dengue, residentes do município, internados em leitos SUS, sendo seis em leitos clínicos e um em leito de UTI. A SMS esclarece que os internamentos ocorrem diariamente, assim como as altas, com alterações dos dados ao longo do dia.

No Brasil, já são 6 milhões de casos prováveis de dengue em 2024 e 3.963 mortes, segundo boletim divulgado no dia 18/6. Só no Paraná, segundo o Informe Semanal da Dengue do Paraná, divulgado na terça-feira (18/6) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), já são 505.893 casos confirmados e 460 óbitos no período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado.

Fique atento

Febre alta, com duração de dois a sete dias, pode ser um indício da doença se estiver associada a outros sintomas, como náuseas ou vômitos, manchas vermelhas no corpo, dor no corpo e articulações, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos, mal-estar e falta de apetite.

Como esses sintomas podem, eventualmente, ser confundidos com os de outras doenças, é fundamental buscar atendimento de saúde para fazer o diagnóstico diferencial.

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Se os sintomas forem leves, a pessoa pode ligar para a Central Saúde Já – 3350-9000 para ter a orientação adequada para seu caso. Se for necessário, será indicado o atendimento presencial em Unidade de Saúde ou UPA.

A hidratação intensa é o principal tratamento para a dengue, mas é preciso atenção para o agravamento do quadro. “No quinto dia de sintomas, se houver algum sinal de alarme, como náuseas ou vômito, além da febre persistente e dor intensa de cabeça, é preciso buscar novamente um serviço de saúde”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, Alcides de Oliveira.

Sinais de alarme

A SMS orienta plena atenção a situações que indicam agravamento da dengue. Nas situações elencadas a seguir, o paciente deve procurar uma das nove UPAs de Curitiba:

  • Dor muito forte e contínua na barriga
  • Vômitos frequentes ou com sangue
  • Diminuição repentina da febre
  • Pressão arterial baixa
  • Tontura quando muda de posição (deita/senta/levanta)
  • Pulso fraco e/ou extremidades frias
  • Suor frio
  • Sensação de desmaio
  • Agitação e/ou irritabilidade
  • Sonolência e/ou confusão mental
  • Dificuldade para respirar
  • Sangramento no nariz, gengiva, nas fezes (melena), na urina e/ou aumento do fluxo menstrual
  • Diminuição do volume da urina
  • Pontos ou manchas vermelhas ou manchas roxas espontâneas na pele