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Criança atropelada no Paraná tem rosto reconstruído com tecnologia 3D

Procedimento cirúrgico realizado no Hospital Evangélico de Londrina utilizou impressora 3D e materiais importados da Alemanha
(Foto: Divulgação)
Procedimento cirúrgico realizado no Hospital Evangélico de Londrina utilizou impressora 3D e materiais importados da Alemanha

Redação*

11/07/25
às
7:40

- Atualizado há 16 horas

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Uma técnica inovadora de cirurgia com auxílio da tecnologia 3D ajudou a reconstruir o rosto de uma menina de 11 anos que sofreu múltiplas fraturas na face após um grave acidente no norte do Paraná. Laura Beatriz foi atropelada por um carro no município de Sertanópolis, região metropolitana de Londrina, enquanto andava de patinete a caminho de uma aula de futebol, e ficou gravemente ferida.

          O procedimento, realizado no Hospital Evangélico de Londrina, utilizou-se de vários recursos tecnológicos para definir a melhor abordagem ao caso. Entre eles, uma impressora 3D, que a partir de tomografia computadorizada, produziu um molde em tamanho real da estrutura óssea da face, reproduzindo as lesões sofridas pela criança.

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O cirurgião bucomaxilofacial Daniel Gaziri, que coordenou o corpo médico responsável pelo procedimento, explica que o molde serve como um “mapa” detalhado das fraturas da paciente, permitindo a produção de placas de polímero absorvível, sem necessidade de remoção posterior, que foram implantadas para estabilizar a reconstrução dos ossos.

         “A partir do molde, vimos o número de fraturas, a gravidade das lesões, e a partir daí, o que seria mais atual para usar no caso dela. Usamos um material reabsorvível, importado da Alemanha, que atualmente é considerado o melhor que existe”, disse Gaziri.

         A técnica é semelhante à utilizada em outra cirurgia conduzida por Gaziri que foi pioneira no Paraná. Há um ano, o especialista realizou um procedimento que produziu próteses de titânio para reconstruir a face de uma mulher que se envolveu em um acidente com uma colheitadeira, também na região de Sertanópolis, e teve o rosto desfigurado.

         Neste caso, o “gabarito” da cirurgia também foi produzido por meio de computação e com o auxílio de impressora 3D, que foi responsável por imprimir as próteses na medida exata para o implante na paciente.

As placas de polímero absorvível utilizadas no caso de Laura Beatriz são indicadas para fraturas em crianças, já que elas não interferem no crescimento ósseo. Em um período de 4 a 6 meses, o material é completamente absorvido pelo organismo, dispensando a realização de uma segunda cirurgia para retirada de moldes de titânio e outros materiais fixos.

Segundo o cirurgião, após cerca de 60 dias, período estimado para a consolidação óssea, a expectativa é de que Laura já poderá retomar uma vida sem restrições. Nos próximos dias, a menina deve ter alta do hospital, a tempo de comemorar em casa o seu aniversário de 12 anos, na próxima semana.

Para a autônoma Erica dos Santos, mãe de Laura, apesar do grande susto, o apoio da equipe médica foi essencial após o acidente e no processo de preparação para a cirurgia.

“É um sentimento de gratidão, a Deus e ao doutor Daniel. Eu não estava conseguindo assimilar ainda tudo o que tinha acontecido, mas após a cirurgia essa recuperação dela está sendo muito boa, então só tenho que agradecer mesmo. Sei que a gente vai ter bastante degrau a subir até a recuperação total, mas eu quero junto com ela estar subindo degrau por degrau”, disse Erica.

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