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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) descobriu, nesta quinta-feira (11), onde estava os corpos de Maria Auxiliadora da Silva de Souza, de 78 anos, e de seu filho, Fábio José de Souza, de 46 anos, moradores do bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, desaparecidos desde junho. Eles foram encontrados dentro de uma geladeira, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana.
O inquérito foi instaurado após o desaparecimento das vítimas, registrado no final de junho deste ano. Durante as investigações, a PCPR realizou diligências em Curitiba, Antonina e na Região Metropolitana, além de cumprir mandados de busca e apreensão em quatro endereços de Almirante Tamandaré. Foram apreendidos equipamentos eletrônicos, documentos e um veículo, que passou por perícia técnica.
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Conforme a delegada da PCPR Vanessa Cristina, o suspeito, de 34 anos, ex-sócio de Fábio, foi identificado após análise de quebras de sigilos bancário e de dados digitais. “As investigações apontaram que ele utilizou recursos de inteligência artificial para enviar áudios simulando a voz da idosa, com o objetivo de enganar familiares e dificultar a localização das vítimas”, explica.
Segundo a delegada, a polícia chegou aos corpos após a confissão do suspeito. “Houve a confissão. Os corpos estavam parte dentro de uma geladeira e outro dentro de uma mala. O suspeito alugou esse imóvel com a finalidade de ocultar estes corpos. Ele afirmou que matou o Fábio no dia 17 de junho e a Maria no dia 24. O crime ocorreu em um condomínio que ele tinha um imóvel vazio, segundo em seguida os corpos trazidos para cá”, explicou.
A delegada ainda explicou que o crime teve uma motivação patrimonial. “Várias transferências bancárias e se apossou do veículo. As investigações indicam que seja por uma questão patrimonial. Ele alega que matou o Fábio por um desentendimento, contou para mãe e em seguida a matou, após ela ter passado mal”, disse.
Após a prisão preventiva do homem, ele indicou aos policiais os locais onde os corpos foram ocultados. Partes foram localizadas dentro de uma geladeira no imóvel alugado pelo suspeito, e outras teriam sido lançadas em um rio.
O investigado permanece preso e o inquérito será encaminhado ao Ministério Público para as providências cabíveis.