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Contra deslizamentos, Estado vai instalar sensores de umidade e pluviômetros na Graciosa; entenda

Simepar fará a instalação de dez acelerômetros, dez sensores de umidade do solo e três pluviômetros nos pontos mais críticos da estrada para auxiliar no monitoramento da movimentação de terra
Foto: DER
Simepar fará a instalação de dez acelerômetros, dez sensores de umidade do solo e três pluviômetros nos pontos mais críticos da estrada para auxiliar no monitoramento da movimentação de terra

Redação*

13/06/25
às
9:47

- Atualizado há 21 horas

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O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) assinaram um convênio para prevenção a deslizamentos de terra nas encostas da Estrada da Graciosa (PR-410). O Simepar fará a instalação de dez acelerômetros, dez sensores de umidade do solo e três pluviômetros nos pontos mais críticos da estrada para auxiliar no monitoramento da movimentação de terra, e facilitar a ação do DER/PR em caso de situações de risco. O serviço estará ativo antes da próxima temporada de verão.

Nos próximos meses, a equipe do Simepar fará um estudo correlacionando o histórico de ocorrências de deslizamento de terra ao longo da estrada e o volume de chuvas nos locais afetados, para calcular o limiar de precipitação que dispara o movimento de massa. “Nem sempre um temporal isolado causa deslizamentos. Às vezes o deslizamento ocorre após um acúmulo de chuva ao longo de vários dias”, explica José Eduardo Gonçalves, gerente de Hidrologia do Simepar. Serão instalados sensores de umidade do solo para determinar o volume de água absorvido.

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Os profissionais do Simepar também farão a instalação de três pluviômetros ao longo da estrada, para captar em tempo real o volume de chuva em cada um destes pontos, e dez estações para medição de movimento que foram desenvolvidas dentro da instituição. “O sistema de cada estação que será instalada terá um GPS, um microprocessador e um acelerômetro, que é um equipamento que possui sensores de movimento”, detalha Gonçalves.

Com os equipamentos instalados e o cálculo do limiar de chuva feito será possível fazer o monitoramento da região a partir da primavera, quando o movimento sentido litoral paranaense aumenta (pré-temporada de verão) e as chuvas ocorrem com mais frequência do que no inverno. “O inverno é um período mais seco, e a primavera e o verão têm acumulados mensais mais altos. Na primavera, outubro historicamente é um mês com chuva mais frequente, e no verão os acumulados são ainda mais altos”, afirma Samuel Braun, meteorologista do Simepar. 

Foto: Yuri A.F. Marcinik / Simepar

Os meteorologistas, em escala de plantão 24 horas, utilizarão uma interface gráfica criada pela equipe de tecnologia do Simepar para emitir alertas para o DER/PR em tempo real em qualquer situação de emergência. Dessa forma o DER/PR poderá optar por interditar a rodovia antes do deslizamento ocorrer e iniciar rapidamente ações de contenção para proteger turistas e moradores da região.

“Realizamos grandes investimentos em anos anteriores para solucionar danos das chuvas na Estrada da Graciosa, e desde então estamos investindo na prevenção, com esse convênio com o Simepar sendo uma das ações mais amplas para monitorar as condições da região no dia a dia. Vamos garantir mais segurança para o usuário, e respostas ainda mais rápidas a escorregamentos de materiais e outras situações pontuais”, afirma o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.

ENCOSTAS – O DER/PR finalizou recentemente a avaliação de encostas da região da Estrada da Graciosa, utilizando inclusive mapeamento aéreo com laser, visando localizar todos os pontos de risco para futuros escorregamentos de material. 

A iniciativa resultou na elaboração de 10 projetos para realizar obras de reforço e recuperação destes pontos de risco, prevenindo que sejam causados danos na pista. Em breve serão publicados os editais das três primeiras obras, abordando os locais que necessitam de intervenção primeiro.

*Com informações da AEN

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