
- Atualizado há 3 horas
Do outro lado dos muros do Complexo Penitenciário de Tremembé, o presídio mais midiático do Brasil, a rotina dos encarcerados misturas rivalidades, crenças espirituais, fugas inusitadas e até concursos de beleza.
O local, que já recebeu nomes como Anna Carolina Jatobá, Lindemberg Alves e Luiz Estevão, guarda momentos dignos de episódios de séries prisionais.
A seguir, listamos algumas das curiosidades que marcaram a história da “prisão das estrelas”. Essas histórias integram o livro Tremembé – o presídio dos famosos (Matrix Editora), do jornalista e escritor best-seller de true crime Ullisses Campbell. Confira!
Tendo como “médium-chefe” Luiza Motta, sentenciada por atropelar e matar um homem enquanto dirigia embriagada, o espaço que ficou conhecido como “Cela dos Espíritos” ajudava mulheres condenadas por assassinato a pedirem perdão para suas vítimas. Suzane von Richthofen, por exemplo, supostamente recebeu uma carta psicografada da mãe, expressando perdão e amor incondicional.
Uma das fugas mais inusitadas de Tremembé foi protagonizada pela estelionatária Dominique Cristina Scharf, conhecida como a “Dama do Cárcere”, em 2007. Ela escapou de uma das unidades do complexo, escalando a muralha de seis metros de altura utilizando uma plantação de maracujazeiros que crescia e se agarrava aos caibros. Após alcançar o topo e saltar para o outro lado, Dominique quebrou uma perna e um braço, mas ainda assim conseguiu sua liberdade temporária.
Anualmente, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo promove o concurso “Miss Primavera” para eleger a “criminosa mais bonita do sistema penal”, apelidado jocosamente de “Miss Xilindró”. O concurso premiava ainda as categorias: Simpatia, Plus Size, Garota Revelação e Mister Tremembé (título destinado a homens transsexuais custodiados em penitenciárias femininas e às mulheres que se identificavam como lésbicas e apresentavam expressão de gênero masculino). Sandra Ruiz, conhecida como Sandrão, a sequestradora que namorou Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen na unidade, venceu o Mister em 2014.

Durante o regime semiaberto, alguns detentos “empreendedores” criaram uma passagem secreta no forro de um galpão para traficar crack. Eles compravam as pedras fora da prisão por R$ 10 e as revendiam por R$ 50 lá dentro. A droga era fumada à noite, e os usuários, em delírio, vagavam como zumbis. O tráfico foi descoberto após a denúncia de um dependente que não conseguiu comprar fiado.
Criado por Gil Rugai, condenado por homicídio duplamente qualificado e estelionato, o “Café Literário” foi criado para reunir presos de dois pavilhões e estimular a leitura, a escrita e o debate. No projeto, que foi elogiado pelo poder de ressocialização, os detentos já discutiram obras como A Divina Comédia, de Dante Alighieri, Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, Saber viver, de Cora Caroline, entre outros clássicos.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
Diversas pessoas que estiveram envolvidas em crime de grande repercussão estão ou já estiveram presas no Complexo Penitenciário de Tremembé (SP), também chamada de “presídio dos famosos”. Vale lembrar que a situação de presos pode mudar por transferências, progressão de regime ou decisões judiciais:
Tremembé – o presídio dos famosos está disponível na Amazon e no site da Matrix Editora