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“Completamente desproporcional”, diz jovem agredida por segurança em bar de Curitiba

A jovem também reforçou que pretende levar o caso adiante
(Foto: Reprodução de vídeo)
A jovem também reforçou que pretende levar o caso adiante

Redação Nosso Dia

03/10/25
às
10:56

- Atualizado há 2 minutos

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A jovem agredida por um suposto segurança no Bar Invasão do Teatro, no Centro de Curitiba, se manifestou publicamente após o caso ganhar repercussão. Ao Portal Nosso Dia, ela classificou a violência, na última quarta-feira (1°) como “completamente desproporcional” e afirmou que buscará justiça para que o episódio não caia na impunidade.

Segundo a vítima, o agressor chegou a acusá-la de estar consumindo drogas, o que ela nega de forma categórica. A jovem estava no local acompanhando uma batalha de rimas.

“Em meio à confusão, o segurança chegou a alegar que eu estava fumando. Quero deixar bem claro que isso é mentira: eu não faço uso de maconha e nem de cigarros. Essa justificativa não passa de uma tentativa covarde de inverter a situação e justificar uma agressão que ultrapassou todos os limites do aceitável. Não se trata apenas de um excesso: foi uma agressão que não pode ser normalizada”, disse.

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A jovem também reforçou que pretende levar o caso adiante: “Sigo firme em busca de justiça e pela responsabilização do segurança do estabelecimento. Não vou me calar porque cada vez que uma violência é silenciada, ela se repete. Chega de violência e chega de impunidade.”

Ela ainda agradeceu as manifestações de apoio que recebeu desde o ocorrido: “Quero agradecer a todas as mensagens de carinho depois do ocorrido. Esse momento não tem sido fácil, mas o apoio de vocês me dá força para seguir firme na luta por justiça. Obrigada por estarem comigo.”

Assista ao vídeo da agressão:

Confira o posicionamento completo da jovem sobre o caso, encaminhado por ela ao Portal Nosso Dia:

No dia 1º de outubro de 2025, estive no estabelecimento Invasão Teatro Bar acompanhada de amigos, para assistir a uma batalha de rima.

Logo na entrada, enquanto cumprimentava conhecidos, fui surpreendida pela abordagem agressiva do segurança do local, que se identificou como policial e acusou a mim e ao grupo de estarmos fazendo uso de maconha. Quero deixar claro que eu não faço uso de substâncias ilícitas e, naquele momento, ninguém presente na roda estava fumando.

Ainda atordoada pela forma da abordagem, entrei no bar para comprar um refrigerante. Ao chegar no caixa, encontrei o segurança e outros funcionários reunidos ali. Ao solicitar o atendimento, fui tratada de maneira grosseira. Nesse momento, tentei explicar a situação: disse que não havia ninguém fumando ali, que talvez o cheiro viesse de pessoas mais distantes, e que nós havíamos acabado de chegar.

Ele, porém, passou a gritar, afirmando que eu estava chamando-o de mentiroso, e disse que iria me agredir. Em seguida, saiu de trás do caixa e partiu em minha direção.

Um amigo tentou intervir para evitar a agressão, mas o segurança sacou uma arma, apontou para a cabeça do meu amigo e, logo depois, avançou contra mim, tentando me aplicar um mata-leão. Na tentativa de me defender, me afastei dele como pude, mas ele persistiu nas agressões e me retirou do bar de forma violenta, enquanto continuava com o simulacro em mãos.

Após o ocorrido, várias pessoas que presenciaram a cena saíram do bar para me auxiliar. Acionei a Guarda Municipal e registrei ocorrência na delegacia. Entretanto, o proprietário do bar compareceu ao local com advogado para acompanhar o segurança, e em momento algum prestou atenção a mim, a vítima, que aguardava para prestar depoimento.

Reforço que fui injustamente acusada, constrangida, ameaçada e agredida dentro de um espaço de lazer, e que a gravidade da situação exige apuração rigorosa e responsabilização dos envolvidos.

Posicionamento do bar

Após a repercussão do caso, os responsáveis pelo Bar Invasão do Teatro divulgaram uma nota negando qualquer vínculo empregatício com o agressor.

“A pessoa envolvida no conflito físico não tem qualquer vínculo conosco. Embora já tenha prestado serviços de forma autônoma no passado, na ocasião ele estava no bar como cliente, não exercendo qualquer função para a casa”, afirmou o estabelecimento.

Ainda segundo os proprietários, após o episódio, o bar e sua equipe passaram a sofrer ameaças e ataques de vandalismo, o que inviabilizou a continuidade das atividades.

“Nossa equipe sofreu agressões e ameaças, e nosso patrimônio foi alvo de vandalismo, resultando em danos elevados. A falta de condições econômicas e, principalmente, psicológicas para continuar nos forçou a tomar esta difícil decisão”, informou a nota oficial, confirmando o fechamento do espaço.

Situação do caso

O agressor foi detido na noite do ocorrido e encaminhado à delegacia junto com a vítima. Ele assinou um Termo Circunstanciado por ameaça e lesão corporal e acabou liberado. A Polícia Civil segue investigando o caso.

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