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O governador Carlos Massa Ratinho Junior visitou nesta segunda-feira (20) a sede da Compagas, em Curitiba, onde conheceu os planos de investimentos da companhia para os próximos anos. Até 2029, serão investidos R$ 505 milhões pela companhia com o objetivo de interiorizar e expandir a rede de distribuição, dobrando o número de clientes atendidos, de acordo com o Plano Estadual do Gás.
A visita contou com a presença do presidente do Conselho de Administração do Cosan, Rubens Ometto Silveira Melo, o diretor-presidente da Compass, Antonio Simões Rodrigues Junior, e do CEO da Compagas, Rafael Lamastra Junior, entre outros executivos do grupo. Desde 2024, a Compagas é uma empresa privada, sob controle acionário da Compass, integrante do Grupo Cosan. Essa foi a primeira visita oficial do novo corpo diretivo a Curitiba após a aquisição.
Atualmente, a Compagas tem 58,7 mil clientes no Paraná, com um volume de 712 mil metros cúbicos por dia e uma rede de mais de 900 quilômetros. Com os planos de ampliação dos próximos cinco anos, o número de clientes deve chegar a 65 mil. A concessão de 30 anos foi separada em seis grandes ciclos de investimentos no Estado.
“A expansão desta rede eleva as condições de desenvolvimento do Paraná, principalmente com foco na interiorização do gás. É muito importante ver a evolução de um setor tão estratégico quanto este, porque isso, na prática, resulta em mais investimentos, mais infraestrutura, mais empregos e renda nos municípios atendidos”, afirmou Ratinho Junior.
A rede atual da Compagas atende 16 municípios entre a Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais. Com os investimentos, serão construídos mais de 460 quilômetros de novas redes de distribuição de gás canalizado, expandindo a rede para mais cidades, incluindo Maringá e Londrina, nas regiões Norte e Noroeste. O início das obras está marcado para este primeiro trimestre. Outra novidade é a ligação entre Lapa e Araucária.
“Nós percebemos um boom de desenvolvimento e investimentos em cidades onde a nossa rede está instalada, como é o caso de Ponta Grossa. A presença da rede de gás permite isso, e estes investimentos vão levar isso a outras regiões também”, afirmou o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Junior. “E além das indústrias, atualmente os condomínios residenciais e os novos investimentos imobiliários já estão conectados à rede, promovendo ganho para todos os envolvidos”.
O Plano Estadual do Gás ainda prevê a inclusão do biometano no portfólio de suprimentos da companha, com o desenvolvimento de corredores sustentáveis por várias regiões do Estado.
CONCESSÃO – Os investimentos apresentados fazem parte do plano total de R$ 2,5 bilhões previstos no contrato de concessão da companhia para os próximos 30 anos. Até 2054, a Compagas prevê ampliar em 122% a rede canalizada com a construção dos novos gasodutos.
Com o plano de inclusão do biometano nos negócios da companhia, a empresa prevê atender todas as 10 mesoregiões do Paraná. A ideia é integrar a rede de distribuição às principais áreas produtoras do Estado, viabilizando o escoamento do combustível renovável por meio de dutos
O plano também atende a vocação regional na produção de biometano a partir da suinocultura. Hoje, o Paraná é o segundo maior produtor de porcos do Brasil, com mais de 3 milhões de unidades abatidas por trimestre. Com programas de incentivo do Governo do Estado, como o RenovaPR, os produtores podem investir com juro zero em usinas próprias para geração do biometano a partir dos dejetos dos animais. Atualmente, são mais de 400 plantas instaladas pelo Estado.
NOVOS DUTOS – Do plano de investimentos anunciado, R$ 108 milhões serão usados para a construção de 52 quilômetros de gasoduto entre Araucária e Lapa, passando por Contenda, na Região Metropolitana de Curitiba. A estrutura vai atender a um importante complexo agroindustrial da região, incluindo uma planta do Grupo Potencial, que deve ser o maior complexo de biodiesel do mundo a base de óleo de soja.
Em Londrina e Maringá, o plano prevê investimentos de R$ 100 milhões até 2029, na construção de mais de 60 quilômetros de rede. A estrutura vai atender os segmentos industriais das duas cidades, além de mais de 3 mil clientes residenciais. Para o ciclo seguinte de investimentos, entre 2029 e 2032, a Compagas também prevê uma ligação direta entre as duas cidades.