- Atualizado há 12 meses
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A Justiça concedeu uma liminar obrigando o Athletico a permitir o acesso do comentarista Paulo Roberto Alves de Oliveira Junior, do canal “Athletico Mil Grau”, à Ligga Arena para cobrir o jogo entre Athletico e Ypiranga pela Copa do Brasil, às 18h deste sábado (13). Paulo Roberto, que transmite os jogos pela internet em parceria com o Canal do Carrica, foi inicialmente barrado por não conseguir o credenciamento junto à CBF. A decisão saiu nesta sexta-feira (12).
Paulo Roberto já havia sido barrado de ingressar no estádio no último jogo contra o Bahia, pelo Brasileirão. Segundo ele, a cassação de sua credencial foi solicitada à Confederação Brasileira de Futebol pela diretoria do Athletico.
A CBF informou a Paulo Roberto de que recebeu uma denúncia em que ele estaria “usando o nome do Athletico para conseguir engajamento em benefício próprio e tem feito isso em detrimento do exercício do bom jornalismo, com suposta disseminação de fake news”. O comentarista confirmou à reportagem do Portal Nosso Dia que ainda não tem o DRT de jornalista, mas espera conseguir em breve.
O advogado de Paulo, Jeffrey Chiquini, comentou sobre a situação: “Ingressamos com medida judicial para revogar essa ação arbitrária dos dirigentes do clube e para que a liberdade de imprensa fosse assegurada. É inadmissível em pleno 2024 o cerceamento ditatorial à liberdade de imprensa e à liberdade de torcer. A justiça prevaleceu contra a tirania”, disse Chiquini.
Paulo Roberto conversou com a reportagem do Portal Nosso Dia e explicou os motivos que, na opinião dele, levaram ao pedido para barrá-lo do acesso ao setor de imprensa. “Nos últimos dois anos, o planejamento do Athletico teve inúmeros erros e problemas internos. Conversamos com várias pessoas dentro e fora do clube para entender o que estava acontecendo. Recentemente, uma informação sobre a possibilidade de Ana Lúcia Petraglia, filha de Mario Petraglia, assumir como CEO do clube gerou controvérsias. Apesar de não ser ilegal, é considerado imoral por muitos, sendo visto como nepotismo. A notícia irritou muitos diretores e conselheiros do clube, especialmente após a confirmação de que Ana Lúcia estaria tomando decisões importantes, incluindo o encerramento de categorias de base do clube”, disse Paulo.
Ele acrescentou que a publicação dessas informações causou uma reação negativa de alguns membros da diretoria, que alegaram que ele estava espalhando “fake news”, mesmo sendo um cronista associado à Associação de Cronistas Esportivos (Acep-PR) e não um jornalista formado. Paulo acredita que a censura e a tentativa de intimidá-lo foram respostas à divulgação de informações que o clube preferia manter em sigilo.
A reportagem entrou em contato com o Athletico e o espaço do Portal Nosso Dia está aberto para o clube se manifestar.