- Atualizado há 2 meses
Dentro das celebrações pelos 332 anos de Curitiba, o prefeito Eduardo Pimentel acompanhou, nesta segunda-feira (24/3), o início da construção de duas bacias de contenção no Rio Atuba, importante intervenção de macrodrenagem que acontece na Rua Irma Schreiner Maran, no Santa Cândida. A intervenção busca prevenir alagamentos na região Norte da cidade e também contribuir para o sistema de drenagem dos municípios vizinhos de Pinhais e Colombo.
A intervenção, destacou Eduardo Pimentel, é uma das maiores executadas na cidade para enfrentar os desafios das chuvas intensas, cada vez mais comum em todo o mundo. Vai beneficiar diretamente os moradores dos bairros Santa Cândida, Bairro Alto, Bacacheri, Atuba e Cajuru, além da região metropolitana.
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“O município é Curitiba, mas a obra é metropolitana e muito importante para conter enchentes e garantir mais segurança para a população. Estamos construindo grandes bacias, lagos de grandes dimensões para reservar uma volumosa quantidade de água, funcionando como os parques Barigui e Tingui, que ajudam a evitar alagamentos na cidade”, disse o prefeito.
Aos moradores que foram acompanhar a fase inicial dos trabalhos, Eduardo Pimentel destacou que, além da grande estrutura reservatória, a obra vai transformar a área em espaço de preservação do meio ambiente e convívio das pessoas. “Além da proteção contra cheias, essa área se transformará, no futuro, em um espaço de lazer para a comunidade. É uma obra inovadora, inteligente e com a cara de Curitiba”, completou.
A obra prevê a construção de duas bacias para a retenção temporária da água das chuvas que ocuparão uma área de aproximadamente 100 mil m² e terão capacidade de armazenar até 150 mil m³ de água.A área da implantação é limitada entre o Rio Atuba e as ruas Paulo Kulik e Dario Nogueira dos Santos.
O volume de água que ficará retido nas bacias daria para encher 60 piscinas olímpicas. Todo esse volume será escoado lentamente para o rio, reduzindo a pressão sobre o sistema de drenagem e prevenindo alagamentos em ruas e casas.
Além das bacias de detenção, o projeto inclui a implantação de galerias celulares, rede de drenagem, pavimentação e paisagismo. Para garantir a estabilidade das margens do rio e evitar erosão, serão utilizadas estruturas de gabião – gaiolas de ferro preenchidas com pedras que, ao longo do tempo, se integrarão à vegetação local.
O projeto prevê também melhorias na mobilidade urbana e na qualidade de vida dos moradores. Será implantada a Via Parque, uma nova via local de aproximadamente 1.000 metros que dará continuidade à Rua Dário Nogueira dos Santos. O trajeto contará com ciclovias e receberá o plantio de árvores, tornando-se um espaço de convivência e lazer para a comunidade.
Realizado em parceria com o Ministério das Cidades, o investimento na obra será de R$ 26 milhões, com recursos municipais e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), repassados via Caixa Econômica Federal. A obra é coordenada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop). Os trabalhos deverão ser concluídos até o primeiro semestre de 2026.
O Rio Atuba, que percorre aproximadamente 22 km e corta diversos bairros da capital, como Santa Cândida, Bairro Alto e Cajuru, é um dos principais afluentes do Rio Iguaçu e também serve de divisa natural com os municípios vizinhos. O crescimento urbano e o aumento das chuvas intensas têm ampliado os riscos de enchentes ao longo de seu curso.
A obra de macrodrenagem está prevista no plano de governo de Eduardo Pimentel, no Eixo Curitiba Estruturada e Bem Cuidada, e é uma das medidas para tornar a cidade mais resiliente às mudanças climáticas.
O secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur, destacou que a obra beneficia Curitiba, mas também colabora na prevenção de enchentes nos municípios vizinhos.
“Curitiba é uma cidade metropolitana e busca soluções sustentáveis e integradas para os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A macrodrenagem do Atuba reforça esse compromisso, melhorando o escoamento da água e reduzindo o impacto das chuvas tanto na capital quanto em cidades próximas”, afirmou Jamur.
O diretor do Departamento de Pontes da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), Paulo Vitor Lucca, ressaltou a importância do projeto para o futuro da cidade.
“Com essa obra, estamos preparando Curitiba para enfrentar eventos climáticos extremos. É um investimento essencial para que as futuras gerações tenham uma cidade mais resiliente e segura”, afirmou.
Edson Tamiro Filho é morador e síndico do condomínio Vivendas do Parque, onde atualmente vivem 40 famílias, mas que no futuro terá 240 moradias. Ele foi ao encontro do prefeito para conhecer detalhes do projeto e agradecer pela obra que beneficiará a região. “O prefeito colocou o olho nesse cantinho da cidade e estamos percebendo a importância da obra”, disse Tamiro.
Diego Saldanha, que criou e mantém um projeto de ecobarreira no Rio Atuba, foi com a família e os amigos prestigiar o início das obras. “Estamos felizes, essa era uma obra que muita gente, tanto em Curitiba quanto em Colombo, aguardava”, disse Saldanha. Ele compareceu acompanhado dos pais e dos vizinhos, todos satisfeitos em ver o projeto começar a sair do papel. “Virei todos os dias acompanhar o andamento dos trabalhos, estamos muito satisfeitos”, contou Marizete Saldanha Melo, que mora no bairro Jardim das Flores, em Colombo.
Além da obra na Bacia do Rio Atuba, a Prefeitura tem atualmente outras importantes obras de macrodrenagem na cidade. Estão em andamento obras na Bacia do Rio Pilarzinho (Mercês), que inclui uma bacia de detenção e área de lazer, e na Bacia do Rio Mossunguê (Campo Comprido), com diques, muros de proteção, galerias celulares e espelho d’água. A Bacia do Rio Pinheirinho está em fase final, com 8 km de obras para canalização, bombeamento e modernização da drenagem.
Esses investimentos se somam às ações contínuas de limpeza e desassoreamento de rios, córregos e valas, além de campanhas educativas para a separação e destinação correta do lixo. Também integram iniciativas socioambientais, como o Projeto de Gestão e Risco Climático Bairro Novo da Caximba, a Pirâmide Solar da Caximba e a instalação de painéis solares nos terminais Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho, todas alinhadas ao Planclima.
*Com informações da Prefeitura de Curitiba