- Atualizado há 19 segundos
A Prefeitura de Curitiba anunciou mudanças nas regras para a emissão de atestados médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A medida, que entra em vigor a partir de segunda-feira (27), tem como objetivo combater o assédio sofrido por médicos e reduzir a pressão por atestados, especialmente observada nas segundas-feiras, dia em que há maior procura por atendimentos.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), banners com as novas orientações serão fixados em todas as UPAs. As regras informam que os atestados médicos serão fornecidos apenas para pacientes internados ou quando houver doença que determine afastamento do ambiente de trabalho. Já as declarações de comparecimento poderão ser solicitadas na recepção, ao término do atendimento.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
A secretária municipal da Saúde explicou que a campanha visa proteger os profissionais e reforçar a autonomia médica. “O atestado médico é autonomia do profissional. Mas nós, como instituição, estamos respaldando os nossos médicos e dando condições para que esse documento seja emitido apenas quando indicado, combatendo o assédio dentro dos consultórios por atestado médico”, afirmou.
Dados da SMS apontam que as segundas-feiras concentram o maior volume de atendimentos nas UPAs, possivelmente em razão da busca por atestados. Enquanto aos domingos são realizadas, em média, 3.333 classificações de risco, nas segundas o número salta para 5.178, um aumento de 55%.
Essa diferença também se reflete na emissão dos documentos. Entre janeiro e setembro deste ano, foram emitidos 45.465 atestados aos domingos, contra 114.336 às segundas-feiras, número 2,5 vezes maior.
A análise por horário mostra ainda que o pico de emissão de atestados ocorre entre 8h e 10h da manhã, coincidindo com o início das jornadas de trabalho. No mesmo período, foram registrados 224.917 dos 915,8 mil atestados emitidos nas UPAs e unidades de saúde da capital ao longo de 2025.
A Secretaria afirma que a ação faz parte de uma campanha permanente de valorização dos profissionais de saúde e de conscientização da população sobre o uso adequado dos serviços públicos. O objetivo é garantir que o atendimento médico de urgência e emergência seja priorizado para casos realmente necessários.
