- Atualizado há 2 anos
As escolas municipais de Curitiba vão receber pluviômetros feitos com garrafas pets para as crianças aprenderem a monitorar a quantidade de chuvas que cai na cidade e como as mudanças climáticas podem interferir na vida dos moradores. Essa é uma das atividades previstas dentro do protocolo de intenções assinado, nesta quarta-feira (26/7), pela Prefeitura de Curitiba com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O documento foi assinado pelo prefeito Rafael Greca, pelo vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, pela ministra da Ciência, Tecnologia e Informação, Luciana Barbosa de Oliveira Santos, e pelo diretor do Inpe, Clezio Marcos de Nardin. O evento foi no Salão Brasil da Prefeitura de Curitiba.
“A esperança desembarca no mundo pelas perninhas das crianças, por isso é muito acertado começar tudo pela escola”, disse o prefeito Rafael Greca, que explicou como Curitiba pode também se beneficiar com as pesquisas científicas e informações técnicas do Inpe.
“A ideia que nós queremos é que desde o céu o Inpe nos ajude a ver como vai a nossa terra e que nós possamos ajudar a salvá-lá, porque não existe planeta B, então vamos salvar a terra a partir do Brasil”, definiu Greca.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Informação, Luciana Barbosa de Oliveira Santos, afirmou que um dos principais desafios é envolver as pessoas sobre a consciência ambiental. “A ciência brasileira está pronta para contribuir no combate às mudanças climáticas. A consciência ambiental é um desafio e envolver desde já as crianças têm um significado extraordinário”, disse Luciana.
Durante o discurso, a ministra também explicou que a mudança climática é um assunto transversal que atinge saúde, infraestrutura e segurança.
O diretor do Inpe, Clezio Marcos De Nardin, confirmou que a ação em Curitiba é um projeto-piloto. “A experiência daqui vai servir de exemplo para todo o Brasil”, afirmou.
Outro ponto de destaque do protocolo de intenções assinado nesta quarta-feira (26/7) é a capacidade de análise de dados do Inpe.
A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, disse que os dados produzidos em Curitiba com os pluviômetros nas escolas e as árvores plantadas na cidade, por exemplo, serão analisados pelos supercomputadores do Inpe.
“Esses dados serão trabalhados pelos técnicos do Inpe para fazer as simulações, as avaliações de resultados. Depois vão devolver essa base científica de informações, para que as escolas trabalhem esses conteúdos com as crianças. É um processo de formação, de sensibilização que envolve um suporte científico em todas as ações do município”, afirmou Marilza.
O vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, também confirmou que a ideia pode ser levada para outros municípios do Paraná. “Nada mais importante do que a gente trabalhar no ensino e no preparo das nossas crianças, de quem vai cuidar do futuro da nossa cidade”, disse Eduardo Pimentel.
O protocolo de intenções prevê o desenvolvimento de softwares integrativos de informações meteorológicas e ambientais e de Inteligência Artificial para apoio a atividades de detecção, pesquisa e ensino da mudança climática; a utilização de imagens de sensoriamento remoto para o desenvolvimento de estudos e pesquisas; modelagem global e regional da atmosfera, biosfera, hidrologia; e aquisição de sistemas computacionais, instrumentais e insumos em geral, em apoio às pesquisas conjuntas.
*Com informações da SMCS