- Atualizado há 5 dias
Após a confirmação de três casos de intoxicação por metanol em Curitiba, o deputado estadual Requião Filho (PDT) reforçou a importância de avançar com o projeto que busca combater a comercialização de bebidas adulteradas no Paraná. Apresentado por ele na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) em junho, o PL 393 propõe a criação do selo “Beber Legal”, que certifica bares e restaurantes quanto à procedência e à qualidade das bebidas, garantindo rastreabilidade e mais segurança para os consumidores.
A iniciativa conta com a participação da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e ganhou ainda mais relevância com os recentes casos de intoxicação por metanol. Já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o projeto agora segue para análise da Comissão de Defesa do Consumidor.
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Em entrevista ao Portal Nosso Dia, nesta terça-feira (8), Requião Filho reforçou a importância das medidas e criticou a morosidade para o projeto avançar na Casa de Leis. “Este projeto é anterior a todos os escândalos recentes e, por um acaso, acabou perdido em uma das gavetas da Assembleia. Agora, com a relevância do assunto, ele volta a ter destaque e recebeu novos coautores, além daqueles que já estavam.”
O deputado destacou que a proposta não é uma reação a notícias recentes, mas sim uma ação preventiva, tendo sido apresentada há três meses. “Sempre buscamos trazer projetos que beneficiem o cidadão. Não é uma questão de surfar numa onda de notícias, é fazer o nosso trabalho antecipadamente aqui na Assembleia. O PL já havia sido aprovado na CCJ, mas só agora chegou à Comissão de Defesa do Consumidor, última etapa antes de seguir ao plenário.”
Situação dos casos de intoxicação por metanol no Paraná
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou três casos de intoxicação por metanol em Curitiba (homens de 36, 60 e 71 anos), todos internados e recebendo acompanhamento médico especializado.
Entre os casos suspeitos, dois permanecem em análise: um homem de 27 anos em Maringá e outro, também de 27 anos, em Toledo. Casos em Foz do Iguaçu, Cruzeiro do Oeste e Ponta Grossa foram descartados após exames laboratoriais.
“Estamos monitorando todos os casos de forma rigorosa. É fundamental que a população tenha cautela e consuma apenas bebidas de origem confiável, pois o metanol é altamente tóxico e pode causar graves danos à saúde e até levar à morte”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Todos os casos suspeitos são notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e comunicados às Vigilâncias Municipais.
Antídoto
Desde sábado (4), o Ministério da Saúde enviou ao Paraná 220 ampolas de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. A medicação é aplicada conforme critérios clínicos e laboratoriais, com dose de ataque e dose de manutenção. Dois pacientes já receberam o antídoto, e o estado aguarda novo envio pelo governo federal.